sábado, julho 27, 2013

PSB poderá apoiar Alckmin em São Paulo

Os diálogos entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), podem se convergir para uma aproximação maior entre os dois e em aliança entre os dois partidos em São Paulo, dificultando ainda mais a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que continua caindo nas pesquisas de intenção votos. E essa aproximação entre Aécio e Campos pode também fazer com que os dois partidos se aliem em estados onde o cenário se mostre viável, como é o caso de São Paulo, onde Eduardo já disse que deseja ver o PSB no palanque do tucano Geraldo Alckmin.


Em São Paulo, o PSB sempre integrou o governo do PSDB, mas, nunca apoiou os tucanos em disputais eleitorais. Agora, no entanto, diante das circunstâncias políticas e da conjuntura nacional, Eduardo Campos sinaliza que o seu partido poderá apoiar a reeleição de Alckmin, revindicando para isso a vaga de vice. Hoje, o vice de Alckmin é Guilherme Afif Domingues (PSD), que acabou aceitando ser ministro do governo Dilma, rachando com os tucanos.


Geraldo Alckmin já dá como certa as alianças com o DEM, PTB, PPS, PRB e PSC, e negocia também o apoio do PP e PR. Se Alckmin acabar fechando mesmo essas alianças, a missão do PT de Dilma e Lula fica ainda mais complicada no estado, uma vez que PMDB, PSD, PDT e PV, todos aliados do governo Federal, devem lançar candidatos próprios ao governo estadual. O PSB de Eduardo Campos conta com 1m10s nas inserções de rádio e TV.

E, além da amizade entre Aécio e Campos, outro importante  interlocutor entre PSB e PSDB é o presidente do PSB mineiro, deputado Federal Julio Delgado, que disse esperar ver o seu partido e o PSDB juntos em pelo menos três Estados estratégicos no ano que vem. "A peculiaridade de Minas (onde os dois partidos estão juntos) é a mesma de Pernambuco. A gente também tem essa preocupação com São Paulo, que é o Estado mais importante nesse contexto", disse Delgado. nesta sexta-feira, à Rádio Estadão.

Para os aliados de Aécio Neves, o acordo seria bom para o senador e melhor ainda para o governador de Pernambuco, uma vez que ele fortaleceria um palanque local de oposição a Dilma. Segundo ainda esses aliados, no primeiro turno, os dois presidenciáveis fariam campanhas separadas no Estado, mas, no segundo, estariam unidos contra a petista.

Em São Paulo, o presidente estadual do PSB, Márcio França, reuniu-se na semana passada com o deputado Duarte Nogueira, dirigente do PSDB no Estado, ocasião em que solicitou que os socialistas indicassem o candidato a vice na chapa de Alckmin. E o nome mais forte para a chapa de vice é do próprio França, que é, hoje um interlocutor frequente do governador e faz parte do núcleo político do Palácio dos Bandeirantes.
Plano B

Outra alternativa também comentada pelos socialistas seria o lançamento de candidatura própria do PSB ao governo. Isso faria com que o partido de Campos tivesse um palanque mais forte para a campanha de Campos em terras bandeirantes. E dois nomes ganham força nesse plano B dos socialistas: a deputada Luiza Erundina, que deve coordenar a campanha de Campos em são Paulo, ou o do próprio Márcio França.

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