Médicos protestam contra programa do governo

Nesta terça-feira, 23, em pelo menos 12 estados brasileiros, os médicos dos país estarão promovendo atos de protesto contra contra o programa Mais Médicos e contra os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei do Ato Médico, que regulamenta a medicina e as atribuições dos profissionais da saúde. A informação é da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e deverá haver paralisações dos atendimentos, tanto na rede pública como privada, nos estados do Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Em São Paulo, o Sindicato dos Médicos do estado informou que não haverá paralisação e, sim, uma manifestação na Avenida Liberdade, a partir das 16 horas.

Elaborado pelos Ministérios da Saúde e da Educação, o programa Mais Médicos, propõe a "importação" de médicos estrangeiros para trabalhar em regiões remotas no interior do país. Os médicos brasileiros protestam contra essa medida, uma vez que o programa dispensa os profissionais estrangeiros de passarem pelo Ravalida, exame que testa a capacidade e que autoriza o médico a atuar no país. O programa também amplia a duração do curso de medicina para oito aos, obrigando que os novos profissionais trabalhem, exclusivamente, durante para o SUS (Sistema Único de Saúde).

Sobre o Ato Médico, os médicos protestam contra os vetos da presidente Dilma. A lei determina que só os médicos podem prescrever medicamentos, aplicar anestesia geral e dar diagnósticos sobre doenças. Além das manifestações por todo o pais, os médicos abandonaram também as comissões técnicas federais, que discutem soluções para problemas da saúde pública no Brasil. E o Conselho Federal de Medicina entrou com uma ação civil pública na sexta-feira, 19, contra a União representada pelo Ministérios da Saúde e Educação.

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