terça-feira, junho 19, 2007

Caso Renan faz Congresso perder mais credibilidade

Com exceção de alguns senadores, homens experientes e respeitados politicamente, como Pedro Simon (PMDB-RS), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Jefferson Peres (PDT-AM), que têm aconselhado o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a licenciar-se da presidência do Senado para salvar a si mesmo e a institição, outros senadores, de maneira inconsequente, têm tentado a todo custo absolver Renan Calheiros sem terem o mínimo de provas para fazê-lo.
É o caso, por exemplo, do senador Almeida Lima (PMDB-SE), até agora um crítico feroz do governo Lula e mesmo de Renan Calheiros - não votou nele para a presidência do Senado - e que, repentinamente, passou a ser um dos seus mais ardorosos defensores; do senador Wellington Salgado (PMDB-MG), suplente do senador e ministro das Comunicações Hélio Costa; e da maiora dos governistas.
Para os defensores de Renan Calheiros, ele é vítima e está "sangrando" só porque teve um caso amoroso fora do casamento, enquanto os outros, mais prudentes, querem mais provas para absolvê-lo ou condená-lo. Estes acham que a instituição Senado da República está "sangrando" muito mais do que o seu presidente.
A situação de Calheiros se complica a cada dia e, a prova de sua perda de prestígio político nos últimos dias, é que o presidnete do Conslho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), não encontrou ainda nenhum senador disposto a ocupar o cargo de relator no lugar de Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que se afastou do Conselho por problemas de saúde.
Nesta quarta-feira, à tarde, o Conselho de Ética voltará a se reunir para votar o parecer de Cafeteira que pede o arquivamento do caso. Porém, diante de outras denúncias e do relatório da Polícia Federal e dos peritos, que confirmam a "autenticidade" das notas fiscais apresentadas por Renan, mas não afirmam se a venda do gado foi realmente efetuada e nem os valores, é possível que a votação seja mais uma vez adiada.
Renan Calheiros é acusado de ter pago pensões alimentícias à filha, que teve com a jornalista Mônica Velloso, com dinheiro de uma empreiteira. Na última reunião do Conselho de Ética, o funcionário da empresa Mendes Júnior, Cláudio Gontijo disse que o dinheiro lhe era repassado pelo senador. Por outro lado, o advogado da jornalista, Pedro Calmom Mendes disse que realmente o dinheiro era dado por Contijo, mas, levantou mais uma dúvida: antes de reconhecer a paternidade da criança, Renan pagava uma pensão de R$ 12 mil e depois do reconhecimento ofertou R$ 3 mil. Assim, segundo o advogado, ficou acertado que o restante seria pago "por fora", para adequar a pensão oficial ao salário do senador. O advogado disse também que os R$ 100 mil, pagos em dinheiro, eram referentes a pensões atrasadas e não a título de fundo para educação da criança.
Portanto, enquanto alguns senadores saem engradecidos dessa história e tentam salvar a instituição, outros acabam caindo em desgraça perante a opinião pública. O povo brasileiro parece não acreditar nesse negócio milionário com vendas de gado que Renan Calheiros conseguiu em Alagoas, um estado com problemas da febre aftose e proibido de vender carne até mesmo para outros estados brasileiros.

1 Comentários:

Às junho 21, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Só no Brasil mesmo. O Renan não se afasta da Presidência do Senado e comanda o Conselho de Ética que o julga.
Já que está difícil para encontrar relator para esse processo, o presidente Sibá Machado poderia escolher o próprio Renan para ser relator do seu processo. Que tal?
Assim, a palhaçada ficaria completa.

 

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