O Governo Lula se meteu numa encrenca terrível. Aceitou a indicação do PRB - patido do vice-presidente José Alencar - para nomear ministro o filósofo Mangabeira Unger
(foto) na Secretaria de Assuntos a Longo Prazo (Sealopra), se arrependeu depois, mas até agora não conseguiu ainda se livrar do abacaxi. O Mangabeira é aquele mesmo que em 2005, disse que o Governo Lula "era o mais corruto que o Brasil já teve" e até pediu o impeachment do presidente.
A indicação de Mangabeira Unger ocorreu há mais de um mês, mas a posse vem sendo adiada semana após semana. O governo chegou até a mudar o nome da Secretaria para Planejamento Estratégico. E nesse ponto temos que concordar que foi um ato inteligente. Já imaginou, um governo cercado de "aloprados" ter ainda um órgão de primeiro escalão, cuja sigla é "Sealopra", e sob o comando de Mangabeira Unger?
Além de ter pedido o impeachment de Lula, Mangabeira se complicou mais ainda com o atual governo, depois que abriu um processo contra a Brasil Telecom, reclamando direitos trabalhistas. A posse está marcada para acontecer esta semana, mas, poderá ser adiada novamente.
Mangabeira teria ingressado com ação na Justiça dos Estados Unidos contra a Brasil Telecom -empresa da qual é "trustee", uma espécie de consultor. Mangabeira teria cobrado da empresa honorários pendentes na Justiça, mas a Brasil Telecom nega o débito com o filósofo. Ele está em Brasília à espera da posse.
O que pensava antes
O próprio Mangabeira já admitiu que errou em sua avaliação sobre o Governo Lula, mas, veja bem o que ele escreveu em 2005:
"Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos.
Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente....
Afirmo que o governo Lula fraudou a vontade dos brasileiros ao radicalizar o projeto que foi eleito para substituir, ameaçando a democracia com o veneno do cinismo. Ao transformar o Brasil no país continental em desenvolvimento que menos cresce, esse projeto impôs mediocridade aos que querem pujança.
Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou."
Na hipótese de tomar posse na Secretaria de Planejamento Estratégico desse mesmo governo, o que será que o filófoso irá planejar para o futuro do Brasil?
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