quarta-feira, junho 27, 2007

Pedir financiamento público de campanha é confessar corrupção, afirma deputado

Enquanto o clima continua tenso no Senado por conta do processo contra Renan Calheiros (PMDB-AL), a Câmara dos Deputados vive outro momento também tenso. Mas desta vez não é por nenhum caso de corrupção. Os deputados estão votando o arremedo de reforma política que interessa ao governo e também, não se sabe porquê, às lideranças do DEM(antigo PFL).
Conforme relatório do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), os principais temas da reforma são a lista fechada, que tira o direito do eleitor de votar diretmente em seu candidato, e o financiamento público de campanha. Mas, a votação não está sendo fácil e, mesmo com uma outra fórmula- a lista mista - é possível que a reforma não seja votada hoje.
Confissão de crime
Um dos discursos mais inflamado desta tarde e que arrancou aplausos daqueles que são contra a lista fechada e o financiamento público de campanha, foi feito pelo deputado Miro Teixeira (foto), do PDT-RJ. "Cuidado senhores deputados. Antes de vocês, o povo mandou para esta Casa os constituintes de 46 e constituintes de 88. Não podemos tirar o direito que o eleitor tem de votar no seu candidato e, muito menos, tirar mais dinheiro desse povo para financiar nossas campanhas. Me desculpem os senhores, mas quem defende o financiamento público para acabar com a corrupção, está fazendo aqui uma confissão de crime. Está afirmando que é corrupto. Vá então ao Tribunal Superior Eleitoral e faça uma nova apresentação de conta. Diga que você é currpto porque fez campanha com dinheiro privado", esbravejou o deputado carioca. Na mesma linha discursou o deputado mineiro Lincoln Portela (PR).

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