quarta-feira, junho 06, 2007

Político corrupto pode ficar mais de 200 anos na prisão

Calma, gente! Não é aqui no Brasil, não. Quem tem parente político por aqui pode ficar tranquilo. Nossos políticos têm imunidade (ou seria impunidade?) parlamentar e nunca vão para a cadeia.
O negócio é lá nos Estados Unidos. Nesta semana, o representante democrata americano William Jefferson (foto), que teria escondido 90.000 dólares no congelador, recebeu 16 acusações de suborno e corrupção, além de ser responsabilizado por uma rede de fraudes na África.
Jefferson, que representa um distrito no estado de Louisiana, no Sul do país, foi acusado por um júri federal na Virgínia por usar seu cargo para pedir suborno.
A acusação, apoiada por uma enorme investigação do FBI, mostra uma série de casos de corrupção na Nigéria, Gana, Guiné Equatorial, Botsuana e República Democrática do Congo.
"A essência do caso é simples", disse o advogado americano Chuck Rosenberg. "O senhor Jefferson utilizou, corruptamente, seu gabinete e o Congresso, onde serve como membro da Câmara de Representantes, para enriquecer a si e à sua família, por intermédio de um persuasivo padrão de fraude, suborno e corrupção que abarcou muitos anos e dois continentes."

Diferente do Brasil
Casos de corrupção nos Estados Unidos são tratados com seriedade e, se for condenado por todas as acusações, Willian Jefferson pode passar 235 anos na prisão. É mole! Para os brasileiros, isso parece até ficção.
Ao contrário do Brasil, onde o corporativismo atua forte para livrar os corruptos e muitos deles são até "eleitos pelo povo" nas urnas, nos Estados Unidos os corruptos não encontram moleza quando são descobertos. E esta não é a primeira que a justiça americana dá exemplo de rigor contra a corrupção política. No dia 5 de março de 2006, este blog publicou a prisão de outro político americano.
Naquele mês, o ex-deputado federal republicano Randy "Duke" Cunningham foi condenado a oito anos e quatro meses de prisão e levado imediatamente do tribunal federal de San Diego para a cadeia. Não lhe permitiram nem fazer a última visita à sua mãe, de 91 anos, antes de ser encarcerado. O ex-parlamentar, de 64 anos, teve também que pagar US$ 1,8 milhão em imposto de renda por conta dos US$ 2,4 milhões que confessou ter recebido ilicitamente ao longo de 15 anos no Congresso sob a forma de propinas em dinheiro, residências, iates, móveis antigos, tapetes persas e um Rolls Royce.
O Tribunal também não levou em conta o fato de que Cunnignham sofresse de câncer de próstata e tinha perdido cerca de 40 quilos desde junho de 2005, quando foi indiciado e renunciou ao mandato de deputado. "O senhor não estava com frio nem com fome e, ainda assim, fez todas essas coisas", disse o juíz, antes de anunciar o veredicto. "O que o senhor fez foi minar a possibilidade de que políticos honestos venham a fazer um bom trabalho".
Já imaginou se todos os políticos brasileiros acusados de corrupção, com casos comprovados, fossem parar na prisão? Com todos esses escândalos que são mostrados diariamente, não haveria cadeia para abrigar tantos corruptos.

Modus operandi
O problema agora é se o Brasil, com essa onda de exportações, começar a exportar também o seu Know how em corrupção. Será que o fato de os americanos serem condenados não está ligado à forma de como eles escondem o dinheiro? Willian Jefferson, por exemplo, escondeu a propina no congelador, enquanto um dos nossos corruptos - aquele cearense, ligado ao PT, lembram-se dele? - escondia as verdinhas na cueca.
Esses pequenos detalhes ou características de cada povo podem mostrar também que os americanos não toleram dólares congelados e que os brasileiros gostam mesmo é de dinheiro sujo. E que sujeira!

1 Comentários:

Às junho 12, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

Sabe quando nós, brasileiros, poderemos ler notícias desse tipo aqui no Brasil? Nunca.

Cada povo tem os governantes que merecem.

 

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