No primeiro ponto da reforma política colocado em votação nesta quarta-feira, 27, a maioria dos deputados mostrou que está sintonizada com a população e com a pressão popular. Com 252 votos contrários, 181 favoráveis e 3 abstenções, a Câmara rejeitou a proposta de voto em lista fechada. Conforme o relatório do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), os eleitores passariam a votar apenas na legenda, ficando a cargo da cúpula do partido indicar os primeiros membros de uma lista fechada. Seria a implantação da didatura partidária.
Prevendo que a lista fechada seria derrotada, antes da votação, alguns partidos apresentaram uma proposta alternativa, uma lista flexível, onde o eleitor votaria no partido e depois, se quizesse, votaria também no candidato de sua preferência. Mas, essa proposta também foi derrotada. Assim ficará mais difícil, praticamente impossível, que os deputados aprovem a proposta do governo e do DEM que querem o financiamento público de campanha. O financiamento público só seria possível se fosse aprovada o voto em lista fechada.
A partir de agora, os deputados deverão escolher uma nova data para analisarem outras propostas da reforma política, como o voto distrital e a fidelidade partidária. Os deputados contrários à lista fechada e ao financiamento público de campanha festejaram o resultado de ontem.
Um dos discursos mais forte contra o financiamento público de campanha política foi feito pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ). Enfático, Miro afirmou: "Quem pede financiamento público de campanha, alegando que isso terminará com a corrupção política, confessa que praticou corrupção eleitoral com dinheiro privado. Diga isso lá no Tribunal Superior Eleitoral", fustigou o pedetista.
O curioso é que ninguém retrucou Miro Teixeira. Certamente é porque aqueles que querem dinheiro do povo para suas campanhas, sabem que não será o simples finaciamento público que vai acabar com o político corrupto. Pois, o parlamentar desonesto fará corrupção seja com dinheiro privado ou público. Senhores políticos, o povo não é bobo!
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