O governo Lula e o PT encontram-se numa verdadeira sinuca de bico, desde que surgiu o escândalo envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) -
foto, à esquerda - um dos principais aliados do Governo. Por trás das palhaçadas do Conselho de Ética, com renúncias de presidente e de relatores do processo que investiga falta de decoro parlamentar de Renan Calheiros, além da tropa de choque do deputado alagoano, estão também as digitais do Governo Lula.
E esta força que o goveno faz para tentar segurar Renan Calheiros, mas, ao mesmo tempo temendo ir pro buraco junto com ele, tem muitas razões de ser. Pois, ao assumir a presidência do Senado, com apoio do PT, Renan foi um dos que mais defendeu Lula e seus aloprados. Além de não criar nenhum embaraço para as votações das medidas provisórias do presidente Lula, que não deixa mais o Congresso legislar, Renan Calheiros fez também o que pôde para evitar inúmeras investigações, postergando ao máximo a criação de CPIs na Casa.
Agora, com o caso Mônica Veloso, jornalista com quem Renan tem uma filha e cujo pagamento de pensão gerou o processo no Conselho de Ética, em virtude da acusação de que o senador usou dinheiro da Mendes Júnior para pagar essas despesas, a cada dia fica mais difícil para os govenistas defenderem o presidente do Senado. Renan é acusado também de apresentar notas fiscais frias para comprovar venda de gado em Alagoas. Neste final de semana, ainda surgiram novas denúncias, as quais dão conta de que Renan Calheiros teria beneficiado a cervejaria Schincariol. Segundo matéria publicada na revista Veja, essa empresa de São Paulo teria comprado uma empresa de refrigerantes da família Calheiros, por um valor acima do mercado, e, em troca, Renan Calheiros teria ajudado a Schincariol a se livrar de dívidas astronômicas junto à Receita Federal.
E diante da crise de Renan Calheiros, o govenro está sem saída. Em público, Lula repete o óbvio: "todo acusado é inocente até prova em contrário", como se ninguém soubesse disso, tentando evitar um choque direto com Renan. Mas, a verdade é que o próprio Governo já analisa um nome aliado que possa substituí-lo.
A angústia dos governistas é justamente a possibilidade de ver a presidêcia do Senado nas mãos da oposição. Além disso, o Govermo teme as reações de Renan Callheiros que, saindo da presidência e, quem sabe, até mesmo renunciando ao mandato para fugir da cassação, ele venha a se sentir despresgiado pelo Goveno e passe de aliado a opositor. E a conclusão é simples: para o Governo, ruim com Renan; péssimo sem ele.
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