sexta-feira, junho 29, 2007

Domínio do PMDB aumenta tensão no Senado


Como uma criança que se agarra ao seu brinquedo e, se alguém tenta tomá-lo, ela chora e grita, assim o está o PMDB de Renan Calheiros no Senado da República. Sem medir as consquências políticas e a credibilidade do próprio Senado, a tropa de choque de Renan não abre mão do domínio do Conselho de Ética para defender o presidente da Casa. E, para isso, deixa de lado importantes e históricos quadros do partido como Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE), para eleger como presidente do Conselho de Ética, um senador desconhecido e que está sendo investigado pelo STF: Leomar Quintanilha (TO) - foto, à esquerda- acusado de receber propinas e beneficiar empreiteiras de obras públicas em seu estado.
Só que essa tática de domínio total do grupo de Renan pode significar o seu próprio fim. A cada dia aumento o número de senadores que pedem o aprofundamento das investigações. Acusado de usar dinheiro da Mendes Júnior para pagar despesas pessoais, Renan se enrolou ainda mais quando tentou provar que possuía recursos próprios para arcar com a pensão alimentícia da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. Para tanto, Renan apresentou notas fiscais sobre venda de gado em Alagoas, cujas transações, segundo peritos da Polícia Federal, podem não ser reais.
Senadores que já eram contra o arquivamento do processo reafirmam essa posição e, agora, outras lideranças, como Arthur Virgílio (foto), líder do PSDB, e Aloísio Mercadante (PT-SP), já declaram também que a votação do processo só deve ser realizada após serem feitas todas investigações que o caso requer.
O novo presidente do Conselho não evitou também a sequência de trapalhadas no Conselho de Ética, que já registram quatro renúncias. De dois relatores - Epitácio Cafeteira e Wellington Salgado, que pediam o arquivamento do processo sem qualquer investigação, a do senador Valter Pereira (PMDB-MS) e a do próprio presidente, Sibá Machado (PT-AC), que não suportou as pressões.
Logo após a sua eleição, Leomar Quintanilha convidou o senador Renato Casagrante (PSB-ES) para ser o relator. Porém, após ser pressionado pelos defensores de Renan, ele simplesmente "desconvidou" o senador capixaba, que desde o início do processo, vem defendendo novas investigações sobre o caso. Casagrante disse ainda que o senador Quintanilha terá que desconvidá-lo publicamente, uma vez que o convite foi feito em público. Todo esse clima de tensão, portanto, vai esquentar a reunião do Conselho de Ética, marcada para terça-feira, 3 de julho, quando o presidente Quintanilha, além de ter que dar explicações sobre a sua própria ética, vai ainda ter que escolher um novo relator para julgar a ética de Renan Calheiros.

2 Comentários:

Às julho 04, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

O povo brasileiro não merece tanta palhaçada e tanta corrupção.
Temos que criar vergonha na cara e colocar essa cambada pra correr de Brasília.

 
Às julho 18, 2007 , Anonymous Anônimo disse...

A mídia sem ética, usa toda a sua criatividade para denegrir irresponsavelmente, manipulando a opinião pública, e consequentemente os rumos de nosso pais. O público, como massa manipulada faz sua manifestação: Os neuróticos esbravejam, repudiam, se deprimem, ficam perplexos, indignados; os perversos aproveitam a situação para instigar mais ainda os neuróticos; o canalha que quer prejudicar por interesse próprio usa os espaços democráticos para empurrar um adversário ladeira abaixo, os bossais não têm nada a dizer e fazem gracinhas bem sujas para aparecer (ressalvados os que verdadeiramente pensam). O povo é ignorante, não conhece o sistema que o governa, não conhece as leis que os regem, não sabem nada sobre como é difícil ser um político honesto neste país, e se baseiam nessa mídia leviana para julgar (com toda a ignorância), e aproveitam para descontar seus recalques pessoais num judas inventado, como fazem alguns religiosos numa certa época do ano. Não estou defendendo os corruptos ou os ladrões, estes devem pagar pelo que fizeram, mas, defendo um político honesto: o Senador Leomar Quintanilha, e um cidadão honesto: Cleomar Quintanilha. Desafio qualquer um a mostrar uma prova que seja contra um dos dois. Quando digo prova é PROVA mesmo, e não documentos forjados, RASURADOS (como o tal recibo onde o nome dêle aparece por cima de uma rasura), ou os cheques que o engenheiro Cleomar recebeu em pagamento de seu trabalho e para pagamento dos profissionais de obra sob sua responsabilidade, muito menos palavras de pessoas de caráter duvidoso. Procurem saber sobre o estádio em Dueré e descubrirão que o orçamento do qual o Senador é acusado de receber propina, nem sequer foi liberado, ou seja nunca saiu dos cofres públicos. Acreditam que há políticos maldosos que são capazes de forjar documentos e fazer falsas denúncias para prejudicar um adversário? Aí vai para a PF e para o MP, depois pra mídia e pronto, assim se destrói um político honesto. A maldade não está só na cabeça dos políticos, mas, também na cabeça de cada um que acusa alguém sem ter provas, sem saber a verdade. É mais fácil acreditar que todos são curruptos do que lutar por um Brasil mais justo. Como acham que o país vai ficar mais justo se vocês destroem irracionalmente os poucos políticos honestos? Desta forma, as pessoas honestas não vão mais querer entrar para a política. É isso que vocês querem? O Senador Leomar Quintanilha e seu irmão não cometeram ilícitos. Quando a verdade toda vier à tona e for provada a inocência de ambos, será que a mídia vai dar a devida notoriedade? Quem vai pagar pelos danos sofridos?

 

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