Renan livre; Senado desmoralizado
Com a ajuda dos governistas e com a patética abstenção do senador Aloísio Mercadante (PT-SP), o plenário do Senado rejeitou nesta quarta-feira, 12, o projeto de resolução que pedia a cassação do mandato do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Para ser cassado, Renan teria que ter recebido 41 votos favoráveis à perda de mandato.
No entanto, o placar foi de 35 votos pela cassação e 40 pela absolvição, além de seis abstenções. Renan enfrenta agora mais três processos por quebra de decoro no Conselho de Ética.
Neste primeiro processo, Renan era acusado de ter utilizado recursos da construtora Mendes Júnior para pagar despesas pessoais, como aluguel e pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.
Na semana passada, o Conselho de Ética do Senado aprovou o relatório dos senadores Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) que recomendava a cassação do mandato de Renan por quebra de decoro parlamentar. No relatório, os senadores indicaram oito razões para a cassação. O mais incrível é que no Conselho de Ética (?), a maioria votou pela cassação. Já no plenáro, escondidos sob a escuridão do voto secreto, senadores sem palavra mudaram o resultado. Ou seja, neste momento em que a classe política está totalmente desacreditada, Renan foi absolvido e o Senado desmoralizado.
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