quarta-feira, julho 17, 2013

Até onde vai a ligação entre policiais e criminosos?

Se por um lado, devemos enaltecer as ações do Ministério Público de São Paulo que culminaram com a prisão de policiais civis e militares acusados de envolvimento com traficantes e com o crime organizado, por outro, ficamos preocupados também. Pois, a população precisa saber até onde vai esse envolvimento com o crime por parte de quem é pago com dinheiro público para defender a sociedade. Sabemos que não são todos os policiais que se envolvem com o crime e, por isso mesmo, que é necessário que os bons sejam preservados e os maus policiais sejam identificados e punidos.

No início desta semana, uma operação do Ministério Público do Estado e da Corregedoria da Polícia Civil culminou com a prisão de vários policiais do Denarc (Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico), em São Paulo e em Campinas. Segundo informações da Secretaria de Segurança, investigadores e delegados são suspeitos de cobrar uma anuidade entre R$ 200 mil e R$ 300 mil dos traficantes para facilitar o tráfico de entorpecentes, além de uma mensalidade cujo valor ainda não foi revelado.

Dentre os presos, está o diretor técnico do Serviço de Inteligência e Informações do Denarc, Clemente Calvo Castilhone Júnior. Em 2011, Castilhone participou de uma audiência pública da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), de Campinas, investigam o caso desde o ano passado. Entre as provas contra os policiais estão conversas telefônicas interceptadas com autorização da Justiça.

A prisão dos policiais civis foi realizada na segunda-feira, dia 15 e, nesta quarta-feira, 17, em outra operação o Ministério Público descobriu o envolvimento de policiais militares com o crime organizado em São Paulo. Por meio de escutas telefônicas, o MP descobriu que alguns PMs cobravam propina para defender traficantes do PCC (Primeiro Comando da Capital). Mais preocupante ainda que o próprio envolvimento de policiais com os criminosos é saber que até há poucos dias, antes das manifestações de milhões de brasileiros, muitos parlamentares do Congresso Nacional queriam tirar o poder de investigação do Ministério Público.
 
 
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