Pizzolato deixa o Brasil falando sozinho
Logo que o STF (Supremo Tribunal Federal) encerrou a primeira fase do julgamento da Ação Penal 470 – o mensalão – em agosto de 2012, e definiu a condenação de 25 réus do processo, muitos chegaram a afirmar que o ex-ministro José Dirceu dificilmente seria preso, pois, acreditavam que ele poderia fugir e se exilar em algum país da América do Sul. Ledo engano, Dirceu e mais 11 companheiro já estão cumprindo pena desde a última sexta-feira, 15, e quem acabou deixando o Brasil inteiro falando sozinho foi Henrique Pizzolato, um ilustre desconhecido diretor do Banco do Brasil, até 2005, quando o caso mensalão veio à tona. Condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato, Pizzolato, que possui cidadania italiana, fugiu para a Itália há 40 dias sem que as autoridades soubessem.
Na sexta-feira, 15, após a expedição de 12 mandados de prisão pelo ministro e presidente do STF, Joaquim Barbosa, policiais federais estiveram no apartamento de Pizzolato, no Rio de Janeiro. Lá, os policiais foram recebidos por um amigo do condenado, que disse que ele estava em outro local no Rio, aguardando a presença de seu advogado para se apresentar. Havia informação também do advogado de que Pizzolato se apresentaria à Polícia Federal antes do meio-dia de sábado. Pura enganação.
Àquela altura, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, já estava na Itália. Conforme o processo do mensalão, Pizzolato é um dos réus que prova a ligação do esquema com o governo Federal e uso de dinheiro público no esquema. Como diretor do Banco do Brasil, ele foi acusado de receber cerca de R$ 300 mil de Marcos Valério e, em troca, teria liberado antecipadamente para o valerioduto a quantia de R$ 73 milhões do fundo Visa Net, administrado pelo Banco do Brasil para as empesas de Marcos Valério.
Mas, com dupla nacionalidade e sem direito a embargos infringentes, recursos que poderiam diminuir a sua pena, Pizzolato preferiu se transformar num fugitivo da Justiça braileira. Agora, refugiado na Itália e como cidadão daquela país, Pizzolato vai se valer desse direito e exigir que seja julgado na Itália. Segundo a imprensa, Pizzolato está no país europeu há mais de 40 dias, depois de ter deixado o Brasil pela fronteira com o Paraguai. As autoridades brasileiras já teriam entrado em contato com a Interpol.
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