- Santiago Andrade tinha 49 anos de idade e mais de 30 de profissão
No final da manhã desta segunda-feira, 10, morreu, no Rio de Janeiro, o cinegrafista Santiago Andrade, repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, atingido na cabeça por rojão durante um violento protesto na quinta-feira da semana passada, no centro do Rio. Santiago estava internado em estado grave no Hospital Souza Aguiar, onde teve morte cerebral anunciada pelos médicos.
No dia 6, ao lado de outros jornalistas, Santiago Andrade, de 49 anos, cobria uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus, quando foi vítima de um rojão disparado por um black bloc durante protesto. No meio do tumulto de manifestantes contra policiais, um rapaz de camisa cinza e calça jeans, do grupo de mascarados, que já foi identificado pela polícia, posicionou um rojão aceso e disparou a poucos metros atrás do cinegrafista. Após ser disparado, o explosivo atingiu a cabeça de Santiago que, sob chamas, caiu ao chão já muito ferido e sangrando.
- No dia 6, quando exercia a sua profissão, o jornalista foi atingido por um rojão disparado por um black bloc
Atendido rapidamente por colegas, o cinegrafista da Band foi levado ao Souza Aguiar, onde passou por cirurgia. No hospital foi constatado afundamento craniado e uma parte da orelha decepada.
Desde a internação, o estado de saúde do jornalista era considerado gravíssimo. Ele ficou até h0je em coma induzido e respirava por aparelhos, depois de duas operações para instalação de drenos para aliviar a pressão intracraniana. Santiago deixa a viúva e quatro filhos.
No final da semana, a polícia identificou um dos manifestantes que estava ao lado do indivíduo que disparou o rojão. Trata-se de Fábio Raposo, de 22 anos, que foi detido e teve decretada a sua prisão provisória pela Justiça. Ele confirmou na polícia o que as imagens mostravam: foi ele quem entregou o artefato ao indivíduo que o disparou.
Nesta segunda-feira, o advogado de Fábio Raposo levou à polícia o nome do rapaz que acendeu e disparou o rojão. Agora, a polícia do Rio deverá indiciar os dois por homicídio doloso, segundo o delegado que preside o inquérito policial.
A agressão e, agora, a morte de Santiago Andrade repercutem em todo o país e no exterior. Em seu perfil numa rede social, h0je à tarde, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte do jornalista e pediu todo apoio das autoridades policiais na identificação dos culpados. Enquanto isso, no Congresso Nacional, parlamentares da oposição lamentaram o assassinato do cinegrafista e criticaram a omissão dos governos estaduais e Federal no combate à criminalidade, como também a falta de investimentos na segurança pública.
Opinião de Renato Ferreira:
Até quando o Brasil vai aguentar conviver com tanta violência e com tanta insegurança? Há poucos dias, a mando de bandidos condenados e presos, um ônibus foi incendiado no Maranhão, e uma menina de 9 anos morreu depois de ter mais de 90% do corpo queimado.
Os arrastões continuam acontecendo de norte a sul do país. E entre os manifestantes, que fazem movimentos legítimos, grupos de vândalos, baderneiros e mascarados, que se intitulam de black blocs, vêm impondo o terror à sociedade.
E, agora, um profissional da imprensa, que estava lá para cobrir a manifestação e mostrar o que estava acontecendo à população, acaba sendo assassinado de forma tão brutal.
Já passou da hora de nossos governantes, independente de cores partidárias e de interesses eleitorais, se reunirem e tomar providências urgentes, pois, o povo trabalhador do Brasil não pode continuar refém de bandidos travestidos de manifestantes.
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