Agora há pouco, por volta das 21h20, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), renunciou ao mandado legislativo. João Paulo estava preso desde terça-feira, 4, quando se entregou à Polícia Federal, em Brasília, após o ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ter assinado o mandado de prisão. João Paulo, conforme o processo da Ação Penal 470, conhecido como mensalão, foi condenado pelos crimes de peculato e corrupção passiva. Desde que foi condenado, em 2013, João Paulo sempre alegou inocente e jamais admitiu ter participado do esquema do mensalão.
Nos últimos dias, o deputado estava firme em sua posição de não renunciar e estava disposto até mesmo a enfrentar um processo no Conselho de Ética da Câmara. Mas, por outro lado, ele vinha recebendo pressão da cúpula petista para renunciar. Lideranças petistas temiam que um processo contra ele na Câmara pudesse prejudicar o PT no processo eleitoral.
Em uma carta encaminhada à Mesa Diretora da Casa, e recebida às 21h21, João Paulo comunicou o pedido de renúncia, afirmando que deixa a sua função parlamentar "com a consciência do dever cumprido".
"É com a consciência do dever cumprido e baseado nos preceitos da Constituição Federal e no Regimento Interno da Câmara dos Deputados que eu RENUNCIO ao meu mandato de deputado federal", diz João Paulo Cunha.
Em outra parte da carta, o deputado paulista cita uma frase do escritor e jornalista cubano Leonardo Padura: "...pois a dor e a miséria figuram entre aquelas poucas coisas que, quando repartidas, tornam-se sempre maiores".
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