Senado e Câmara dos Deputados iniciam nova legislatura e elegem seus novos presidentes

Neste domingo, 1º de fevereiro, Brasília está fervendo de gente, principalmente, nas duas principais Casas Legislativas do País - Senado e Câmara dos Deputados. Hoje,  (1º), deputados e senadores iniciam a nova legislatura. Os trabalhos começarão com a posse dos 513 deputados às 10h. Neste momento, o deputado mais idoso, neste caso o reeleito Miro Teixeira (PROS-RJ), fará a proclamação dos nomes e tomará deles o juramento de defender a Constituição e promover o bem geral do país, entre outras coisas.

Neste domingo, 1º de fevereiro, Brasília está fervendo de gente, principalmente, nas duas principais Casas Legislativas do País - Senado e Câmara dos Deputados. Hoje, os novos 513 deputados e 81 senadores tomam posse para a nova legislatura e elegem os novos presidentes e demais membros das duas Casas. 

Na Câmara dos Deputados, em sessão presidida pelo deputado Miro Teixeira (PROS-RJ), o mais antigo parlamentar, os deputados foram empossados na parte da manhã. Durante à tarde, serão definidos os blocos partidários e a eleição do novo presidente está marcada para as 18h deste domingo.

PT X PMDB na Câmara

E a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados coloca mais uma vez em lados opostos,PT e PMDB, os dois principais partidos da base governista. O PT, da presidente Dilma Rousseff indicou o deputado Arlindo Chinaglia (SP) - à esquerda -  enquanto o PMDB, do vice-presidente, indicou o deputado Eduardo Cunha (RJ), que sempre foi um desafeto do Partido dos Trabalhadores e do governo Dilma. Há ainda mais dois candidatos: Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ). 

Júlio Delgado pode surpreender. O parlamentar mineiro, que presidiu o Conselho de Ética no processo, que cassou o mandato do ex-deputado e ex-ministro, José Dirceu (PT-SP), é visto como conciliador e poderá obter votos de descontentes tanto do PT como do PMDB. Num possível, segundo turno, a maioria dos deputados acredita que Júlio Delgado deverá apoiar Eduardo Cunha, do PMDB.

Até às 17h, poderão surgir novas candidaturas, como também a desistências de alguns nomes já registrados para a disputa. Como os candidatos do PT e do PMDB entram como favoritos, os comentários gerais nos bastidores políticos são unânimes em afirmar que ambos os partidos sairão ainda mais divididos desta eleição, independente do vencedor, uma vez que haverá ressentimentos entre os dois maiores partidos de apoio à presidente Dilma e aos interesses do Governo na Câmara dos Deputados. 

Para iniciar o processo eleitoral, são necessários pelo menos 257 deputados em plenário. E para que o novo presidente seja eleito em primeiro turno é preciso que ele tenha a metade e mais um votos dos parlamentares presentes. Caso haja segundo turno, ele será iniciado imediatamente logo após o resultado oficial do primeiro turno.

PMDB X PMDB no Senado

No Senado a posse dos novos parlamentares está marcada para as 15h. Nesta legislatura apenas um terço dos 81 senadores, ou seja 27, foram eleitos e erão empossados. O atual presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL) presidirá os trabalhos e convocará o senador mais velho para prestar o juramento. Os novos senadores ficarão no cargo até 2023. 

Renan Calheiros - à esquerda - candidato à reeleição é visto como favorito para mais um mandato como presidente do Senado. Ele tem apoio do governo Federal e o seu principal adversário será outro peemedebista: Luiz Henrique (SC), que conta com apoio dos principais partidos da oposição, como o PSDB e DEM. Como PMDB e PT estão rachados na Câmara dos Deputados, alguns senadores petistas não estão satisfeitos com o apoio do governo à reeleição de Renan Calheiros. A eleição para o novo presidente do Senado está marcada para hoje, mas, poderá ser remarcada para amanhã, dependendo da agilidade dos trabalhos de posse deste domingo.

Nesta segunda-feira, dia 2, será aberto oficialmente o ano legislativo. Será em sessão conjunta do Congresso Nacional a ser presidida pelo novo Presidente do Senado. Para esta sessão são convidados os presidentes dos outros dois Poderes da Nação: Executivo e Judiciário. 

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