Petrobras deverá deixar também o Equador
O governo do Equador afirmou nesta terça-feira que a estatal brasileira Petrobras deverá deixar o país, depois de fracassadas as negociações para estabelecer novas regras para a exploração petrolífera.
O anúncio foi feito pelo ministro de Recursos Naturais não Renováveis, Wilson Pastor, horas antes do fim do prazo estabelecido para a mudança dos contratos de participação para um modelo que limita a atuação das petrolíferas à prestação de serviços.
De acordo com o governo equatoriano, a Petrobras deverá entregar a operação de seus dois poços, com produção diária estimada em 19,3 mil barris, no prazo de 120 dias. "Vamos buscar uma transferência ordenada, com (pagamento a) um preço justo", afirmou Pastor.
Mais para o Estado
Segundo o ministro equatoriano, com a renegociação, o Estado passará a ficar com 80% da renda petrolífera e não mais com 70%, como previam os contratos anteriores.
As novas regras para a exploração petrolífera estabelecem que o Estado arrecadará todo o lucro obtido com a extração do petróleo, em troca do pagamento dos custos de produção.
Outras três companhias, além da Petrobras, também ficaram fora dos novos contratos. O Equador fechou acordos com as empresas Repsol-YPF, Agip, Andes Petroleum e PetroOriental-Enap.
O impasse nos contratos entre a Petrobras e o Equador se arrasta desde 2008, quando o governo anunciou as novas regras para a exploração petrolífera no país. Antes, a arrecadação do Estado era de apenas 18% do lucro do petróleo.
Fonte: Folha on lineAté quando o Brasil vai investir em países que não segurança e só levar prejuízo?
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