Protestos obrigam Dilma a se reunir com governadores e prefeitos
Em meio às manifestações de milhões de brasileiros que continuam por todo o país, a presidente Dilma Rousseff (PT) se reuniu, nesta segunda-feira, 24, em Brasília, com 27 governadores e 26 prefeitos das capitais de todos estados brasileiros, conforme prometera na semana passada durante seu discurso em rede nacional de rádio e televisão. O objetivo quase desesperado da presidente da República, que falou até com a voz embargada em determinados momentos da reunião, é tentar formar um pacto nacional com governadores e prefeitos para atender às reivindicações do povo descontente com os rumos do pais.
Mas, a julgar pelo discurso da presidente, que falou de plebiscito, formação de conselhos nacionais e ainda insistiu na "importação" de médicos estrangeiros, tudo indica que essas manifestações poderão durar ainda por muito tempo.
Dilma falou, por exemplo, que dentro deste pacto nacional ela defende um plebiscito para a formação de uma assembleia exclusiva para tratar da reforma política. Por outro lado, duas entidades importantes do país, a CNBB (Convenção Nacional dos Bispos do Brasil), e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), fizeram um ato, hoje, também em Brasília, defendendo para já a reforma política, com pontos diferentes da reforma proposta por parlamentares governistas.
Outra medida anunciada hoje por Dilma Rousseff é com a relação ao pacto na área da saúde pública. A presidente reiterou a proposta do governo que é de contratar mais de 6 mil médicos estrangeiros, para trabalhar em regiões mais pobres do país, onde, segundo o governo, os médicos brasileiros não querem trabalhar. Segundo informações, a maioria desses médicos viriam de Cuba. Essa "importação" de médicos é um dos pontos da pauta das manifestações que vem ocorrendo há mais de 15 dias. O CFM (O Conselho Federal de Medicina), já declarou em diversas oportunidades que é contra essa medida.
Veja, a seguir, os cinco itens do pacto nacional, anunciados por Dilma Rousseff:
1- pacto por responsabilidade fiscal nos governos federal, estaduais e municipais;
2 - pacto por reforma política, incluindo um plebiscito popular sobre o assunto e a inclusão da corrupção como crime hediondo;
3 - pacto pela saúde: "importação" de médicos estrangeiros para trabalhar nas zonas interioranas do país. A presidente anunciou ainda novas vagas de graduação em cursos de medicina e novas vagas de residência médica;
4 - pacto no transporte público: a presidente afirmou que o país precisa dar um "salto de qualidade no transporte públicos nas grandes cidades", com mais metrôs, VLTs e corredores de ônibus;
5 - pacto na educação pública: pediu mais recursos para a educação. A presidente voltou a falar que é necessário que o Congresso aprove a destinação de 100% dos recursos dos royalties do petróleo para a educação.
Sobre a onda de manifestações no país, Dilma Roussef disse aos governadores e prefeitos: "É preciso saber escutar as vozes das ruas. É preciso que todos, sem exceção, entendam esse sinais com humildade".
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