terça-feira, agosto 20, 2013

Por falta de respirador homem morre em hospital público

Ao contrário do que o governo Federal tenta passar para a sociedade de que o problema principal da saúde pública no país é a falta de médico, tanto é que insiste com o programa "Mais Médicos" e com a contratação de médicos estrangeiros, mesmo sem passar por exame no Brasil, os fatos mostram, exatamente, o contrário, ou seja, o problema é a falta de infraestrutura e até de equipamentos básicos para o atendimento ao paciente. É o caso do pedreiro Francinaldo Batista, de 46 anos, que morreu no último dia 14, em Natal, devido á falta de um  respirador no hospital. 


Os médicos estavam lá, tanto é que eles até improvisaram um respirador manual, com o qual tentaram salvar a vida do paciente até chegar o equipamento de uma outra unidade, porém, já era tarde. Esse fato lamentável e que mostra claramente o caos da saúde pública no Brasil, aconteceu no Hospital dos Pescadores, bairro das Rocas, zona Leste de Natal, onde o pedreiro Francinaldo foi internado. Durante cinco horas ele foi atendido pelos médicos com o respirador improvisado.


Segundo a equipe médica, o ideal seria que Francinaldo fosse atendido em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) informou que o pedreiro seria levado para o Hospital Giselda Trigueiro quando estivesse em condições de ser transferido. Já o Município, que é responsável pelo hospital, não deu resposta.


Inconformada e aguardando a liberação do corpo na manhã de quinta-feira, 15,, a nora de Francinaldo, Gabriela Silva, culpou a falta de estrutura do hospital pela morte do sogro. "Não tem como explicar. Disseram que havia vaga, mas isso não chegou aos ouvidos dos médicos. Poderia ter sido diferente com uma vaga de UTI e uma máquina de respiração. Os médicos são ótimos, mas a estrutura é péssima, uma calamidade", desabafou Gabriela.



No dia 31 de julho, também no Hospital dos Pescadores, um jovem de 25 anos morreu em condições parecidas. Sem vagas de UTI, ele morreu sem ter o atendimento adequado. E fica uma pergunta no ar: se essa falta de equipamentos básicos ocorre numa capital de um estado, como a cidade de Natal, como deve estar a situação em cidades do interior do país, onde muitas vezes falta estradas e ambulância para transportar os pacientes? 



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