Neste final de ano, com o clima festivo de Natal e à espera de um novo ano, nem todos os brasileiros estão felizes com o "presente" que receberam. É o caso de centenas de funcionários da General Motors, que foram demitidos por telegrama. No sábado, dia 28, a GM demitiu um novo grupo de funcionários da planta de
São José dos Campos (SP) e anunciou o fechamento da linha de montagem de veículos de passageiros -conhecida como MVA - da unidade da empresa localizada no Vale do Paraíba.
Segundo informações do Sindicado dos Metalúrgicos, os funcionários, em férias coletivas, começaram a receber as cartas de demissão durante a manhã de sábado. A empresa não informou o número de funcionários desligados, mas o sindicato informou que a GM alegava que havia um excedente de aproximadamente 450 pessoas na planta de São José dos Campos.
Essa foi a segunda demissão em massa na unidade da GM na cidade paulista. Em março deste ano, a GM já havia demitido 598 trabalhadores. E, além das demissões em massa, em outubro, a empresa abriu um Plano de Demissão Voluntária (PDV), aceito por cerca de 300 funcionários. Segundo o sindicado, ao todo, mais de mil funcionários já foram desligados da GM no último ano por meio de PDVs.
No telegrama enviado aos funcionários, a General Motors informa que eles estão desligados da unidade já a partir do dia 31 de dezembro e que as verbas rescisórias serão pagas no dia 9 de janeiro pelo banco, ou seja, dez dias após o desligamento da empresa. “Vamos entrar com uma ação judicial para anular essas demissões. É um absurdo a empresa fazer isso sendo que nessa semana firmou acordo com o governo federal para reduzir o IPI”, afirmou o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, em matéria publicada no G1.
Íntegra da nota da GM:
- Conforme previsto no acordo trabalhista de 28 de Janeiro de 2013, com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a GM comunica o encerramento das atividades da linha de montagem de veículos de passageiros (conhecida como MVA) ao final de dezembro de 2013.
É importante lembrar que a GM, desde 2008, negociou com o sindicato novos investimentos que permitiriam a aprovação de novos projetos para a fábrica, chegando inclusive a contar com o apoio da sociedade civil joseense, mas não obteve sucesso. Foram usadas todas as alternativas trabalhistas, como férias coletivas, plano de demissão voluntária, layoff e licença remunerada, para minimizar impactos para nossos trabalhadores.
Diante disso e com o objetivo de viabilizar seu programa de investimentos no Brasil, a empresa optou por aprovar os novos projetos previstos no plano para renovação do portifólio, no valor de R$ 5,7 bilhões, para as outras unidades que mantem no país, a saber:
· São Caetano do Sul (SP) e Gravataí (RS), que foram modernizadas, ampliadas e receberam cinco novos modelos.
· Construção de um novo complexo na cidade de Joinville (SC) para produção de motores e cabeçotes.
· Investimentos complementares em nossa fábrica de Mogi das Cruzes (SP) e no Centro Logístico Chevrolet de Sorocaba (SP).
Assim, no final de julho de 2012, com o encerramento da produção dos modelos Corsa, Meriva e Zafira, a continuidade das operações da fábrica de automóveis tornou-se inviável.
Por outro lado, a GM confirma que o seu Complexo Industrial de São José dos Campos, continuará a contar com outras sete fábricas, uma de comerciais leves (onde é produzida a picape S10 e o Trailblazer), duas de motores, uma de transmissões, uma estamparia, uma linha de injeção e pintura de peças plásticas e uma linha voltada aos produtos de exportação - CKD (Completely Knocked Down - veículos completamente desmontados).
A GM reafirma seu compromisso de continuar investindo em suas operações no Brasil.
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