Ex-vedete Virgínia Lane morre aos 93 anos

Morreu nesta segunda-feira, 10, em Volta Redonda (RJ), aos 93 anos, a ex-vedete Virgínia Lane uma das mais conhecidas atriz e cantora do Brasil, que atuou no teatro, cinema e televisão. Conforme nota do Hospital São Camilo, onde a atriz encontrava-se internada, Virgínia teve falência múltipla de órgãos. Ela havia sido internada no dia 2 de fevereiro com infecção urinária. Ainda de acordo com informações do hospital, o estado de saúde dela piorou no último dia 6.

O velório foi programado em duas etapas: a primeira, realizada na segunda-feira, na Câmara Municipal de Piraí e, a segunda, nesta terça-feira, 11. Logo de manhã,  o corpo da atriz seguiu para o Rio de Janeiro, para ser velado  no Teatro João Caetano. Logo após o velório, o enterro de Virgínia Lane acontecerá no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio.

Carreira

Virgínia Lane nasceu em 1920, no Rio de Janeiro. Logo aos 15 anos, ela já já estreava no teatro, no Cassino da Urca. Ao completar 18 anos, a divertida atriz já atuava no cinema. No total, Virgínia Lane participou dez 37 filmes, além de novelas e dezenas de peças de teatro.

Como cantora, Virgínia lançou, em 1946, o seu primeiro disco pela Continental, com a marcha "Maria Rosa" e o samba "Amei Demais". Em 1948, a atriz estrelou, como vedete, a revista "Um Milhão de Mulheres", no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. No auge da carreira, no anos 1940, Virgínia teve a marca vedete registrada pelo então presidente Getúlio Vargas . Ela tinha 34 anos, quando estourou com a música "Sassaricando". Getúlio Vargas concedeu a Virginia Lane o título de "A Vedete do Brasil". Com base em entrevistas dela na época, Virgínia disse que ela e Vargas tiveram um relacionamento de dez anos.

Na televisão, a atriz foi pioneira ao levar o Teatro de Revista para a telinha com o programa Espetáculos Tonelux, na TV Tupi carioca.

No cinema, onde teve atuação mais intensa, Virgínia participou de filmes como Laranja da China (1940), de Ruy Costa, e Carnaval no Fogo (1949), de Watson Macedo. Participou também de várias comédias carnavalescas, atuando e cantando com outros monstros sagrados do cinema, como Oscarito, Grande Otelo e Zé Trindade.

No ano de 1951, Lane foi ainda mais ousada. Ela protagonizou o primeiro nu (não frontal) no cinema nacional. Foi  no longa "Anjo do Lôdo", adaptação de "Lucíola", de José de Alencar.

Na TV,  Virgínia participou de novelas na Rede Globo. Em 2005, ela fez parte do elenco de "Belíssima" ao lado de outras vedetes como: Carmem Verônica, Íris Bruzzi, Ester Tarcitano, Lady Hilda, Teresa Costello, Dorinha Duval, Anilza Leoni, Rosinda Rosa, Lia Mara, entre outras. E, em 2007,  fez uma participação especial em "Sete Pecados" como Corina.

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