terça-feira, janeiro 20, 2015

Apagão deixa 12 estados no escuro e sem transporte


Além deste calor histórico no Brasil, com registros de 36º em São Paulo e 45º no Rio de Janeiro, você já imaginou ficar também no escuro e sem transporte coletivo? Pois é, mas foi, exatamente, isto que aconteceu nesta segunda-feira, dia 20, quando 11 estados e o Distrito Federal ficaram sem energia elétrica por mais de uma hora. Além de muita correria e desespero, o apagão provocou pane nas linhas de Metrô deixando milhares de pessoas sem transporte.


O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) informou  que as razões para o corte de energia elétrica que atingiu onze Estados brasileiros e o Distrito Federal foram as “restrições na transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste” e “elevação da demanda no horário de pico”.


Segundo o comunicado oficial, a pane ocorreu “a partir das 14h55, mesmo com folga de geração do Sistema Interligado Nacional (SIN)”.


Devido à sobrecarga, o ONS afirmou que “adotou medidas operativas em conjunto com os agentes distribuidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, impactando menos de 5% da carga do Sistema”. O ONS informou também que "a partir das 15h45, a situação foi totalmente normalizada”.


Além de Brasília e cidades do entorno, o apagão atingiu os seguintes Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.


São Paulo

Na cidade de São Paulo, a distribuidora de energia da capital, Eletropaulo,  informou  em nota oficial que cortou mais de 700 MW (megawatts). “O Centro de Operações da Distribuidora está acompanhando a situação e segue monitorando o sistema integrado por meio do ONS”, disse em nota. Em seguida, informou que “às 15h50, a carga de energia foi restabelecida em sua totalidade, após autorização do ONS”.


No Metrô, duas estações da Linha Amarela-4 foram fechadas em razão da falta de energia elétrica, segundo a concessionária Via Quatro, que administra a linha. As estações Luz e República, que ficaram fechadas desde as 15h20, voltaram a funcionar por volta das 16h30.


As demais estações da mesma linha (Paulista, Fradique Coutinho, Faria Lima, Pinheiros e Butantã) operaram normalmente.


Rio de Janeiro e Minas Gerais


No Rio de Janeiro, segundo a Light, a empresa também seguiu uma determinação do ONS para desligar algumas substações. Além da capital fluminense, o apagão atingiu também a cidade de Niterói. Em nota, a Light informou: “por determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), parte do sistema da Light teve de ser interrompido, por voltas das 14h50″. No entanto, “o fornecimento foi totalmente restabelecido às 16h20″.


Já em Minas Gerais, a Cemig, que abastece a capital Belo Horizonte e região metropolitana e cidades do interior do Estado, também confirmou que diminuiu a potência a pedido do ONS. A empresa mineira confirmou que faltou luz em partes do Estado, mas não informou, precisamente, onde houve o apagão.


Íntegra da nota ONS :


“Nota à Imprensa (19/01/2015)


No dia 19 de janeiro, a partir das 14h55, mesmo com folga de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN), restrições na transferência de energia das Regiões Norte e Nordeste para o Sudeste, aliadas à elevação da demanda no horário de pico, provocaram a redução na frequência elétrica.


Na sequência, ocorreu a perda de unidades geradoras nas usinas Angra I, Volta Grande, Amador Aguiar II, Sá Carvalho, Guilman Amorim, Canoas II, Viana e Linhares (Sudeste); Cana Brava e São Salvador (Centro-Oeste); Governador Ney Braga (Sul); totalizando 2.200 MW. Com isso, a frequência elétrica caiu a valores da ordem de 59 Hz, quando o normal é 60 Hz.


Visando restabelecer a frequência elétrica às suas condições normais, o ONS adotou medidas operativas em conjunto com os agentes distribuidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, impactando menos de 5% da carga do Sistema.


A partir das 15h45, a situação foi totalmente normalizada.

Amanhã, dia 20 de janeiro de 2015, às 14h30, no Rio de Janeiro, o ONS se reunirá com os agentes envolvidos para analisar a ocorrência.
Assessoria de Planejamento e Comunicação do ONS”


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