Governo prepara o caminho para a nova CPMF
Quem não se lembra da fatídica CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), criada em 1993 no governo tucano sob a promessa de que todos os seus recursos seriam destinados à Saúde Pública? E quem não se lembra que a Saúde continuou caótica, mesmo com os milhões da CPMF?
Pois é, mas como a política é como uma nuvem que hoje está num lugar e amanhã está em outro, a CPMF, antes tão criticada, pode voltar agora sob as bênçãos do governo petista, para infortúnio do povo brasileiro. Tanto na Câmara dos Deputados, como no Senado, os governistas reproduzem a ordem do Governo, preparando o terreno.
Como dissemos anteriormente, o imposto criado por indicação do então ministro da Saúde, Adib Jatene, foi duramente criticado pela oposição da época, que classificava o imposto como o mais cruel da história brasileira. E era mesmo. Pois, quanto mais se arrecadava, pior ficava a Saúde Pública, uma prova inconteste que o dinheiro estava sendo desviado para outros fins.
Mas, como os interesses do povo sempre foram colocados em segundo plano, assim que houve a mudança no poder da União, mudaram-se também as opiniões sobre o imposto cruel. Os tucanos passaram a criticá-lo, enquanto os petistas passaram a elogiá-lo e, inclusive, a defendê-lo no Parlamento. Em 2007, os brasileiros festejaram o fim da CPMF.
Porém, recentemente, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) afirmou que a Emenda 29, que destina mais recursos para a Saúde, não pode ser discutida sem se pensar num novo imposto. Já o líder do governo, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), disse que a presidente Dilma aceitaria um novo imposto destinado à área da Saúde Pública. Portanto, o governo poderá ressuscitar a CPMF, apesar de o Brasil já ter uma das mais altas cargas tributárias do planeta. Quem estará falando a verdade?
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