Lideranças do PT defendem renúncia de Vargas

Após afirmar que não iria mais renunciar ao mandato, o deputado Federal André Vargas (PT-PR), passou a ser criticado por lideranças de seu próprio partido, que pedem a sua renúncia. Acusado de manter negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal sob a acusação de lavagem de dinheiro, Vargas já renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara dos Deputados. Foi aberto também contra o parlamentar um processo disciplinar no Conselho de Ética da Casa, onde é dada como certa a sua cassação.

Pressionado pelas acusações e também pela cúpula petista, Vargas chegou a anunciar na segunda-feira, que no dia seguinte iria renunciar ao mandato. Mas, dois dias depois recuou, fato que acabou constrangendo a direção nacional do partido, que agora defende publicamente que o deputado paranaense deixe o Congresso.  Desapontada com a indecisão de André Vargas e preocupada com a repercussão das acusações na campanha de Dilma Rousseff, a direção nacional do PT já teria avisado a Vargas que, se ele não renunciar até terça-feira, 22, terá de enfrentar também a Comissão de Ética da legenda.

Ao recuar, Vargas justificou sua decisão, afirmando que a renúncia não mudaria sua condição política, uma vez que o Conselho de Ética já havia aberto o processo contra ele. Agora, renunciando ou não, Vargas terá que enfrentar o processo no Conselho de Ética, onde poderá ser cassado e perder os direitos políticos por oito anos.

Agora, o próprio presidente do PT, Rui Falcão passou a pressionar o deputado.  "Acho que ele já deveria ter renunciado", disse Falcão, segundo o Estadão Na Câmara, o líder do PT, Vicentinho (PT-SP), também defende a renúncia do colega acusado.  "Nossa expectativa é que ele renuncie ao mandato. Esperamos isso até para ele não ficar sangrando permanentemente", disse Vicentinho.

Acompanhe Renato Ferreira também no Quintal da Notícia: www.quintaldanoticia.com.br 

pelo Twitter: www.twitter.com/orenatoferreira

e no Facebook: www.facebook.com/orenatoferreira