quarta-feira, maio 21, 2014

Cubano do Mais Médicos é suspeito de abuso sexual


Depois de casos de deserção e de reclamações sobre o salário que recebem no Brasil, agora, um cubano do programa Mais Médicos, do Governo Federal, é acusado de abuso sexual. O caso teria ocorrido no Distrito Federal e o nome do médico não foi revelado. Estava marcado para esta terça-feira, 20, o seu depoimento na Polícia Civil. Trata-se de um clínico geral cubano, que trabalhava na rede de saúde da cidade satélite de Luziânia. 


As denúncias contra o profissional foram registradas por três grávidas. Os crimes teriam sido observados também por por uma enfermeira que prestou depoimento ontem na Polícia.


Segundo as investigações, o médico trabalhava em uma unidade de saúde da família da prefeitura de Luziânia desde o início do ano e foi afastado preventivamente após as denúncias. As vítimas afiram que suspeitaram da conduta do cubano e relataram o caso para a enfermeira que as orientou a procurar o serviço básico de saúde. Grávidas de 7, 6 e 3 meses, as três mulheres fizeram a denúncia à polícia e a delegada Dilamar de Castro iniciou a investigação.



O caso foi levado também ao conhecimento da Secretaria de Saúde de Luziânia que instaurou sindicância após ter ouvido as gestantes. Por outro lado, o médico foi afastado preventivamente. O Ministério Público também está acompanhando as investigações, assim como o Ministério da Saúde, responsável pelo Mais Médicos.


Segundo as mulheres, o clínico geral vinha cometendo atos libidinosos durante as consultas de rotina do pré-natal. Uma das vítimas disse que o abuso aconteceu durante uma consulta, quando ela percebeu a realização de exame local muito demorado e fora dos padrões e demorado. A mulher, que está no sétimo mês de gestação contou que procurou o atendimento médico para tratar de uma provável infecção urinária. Ela disse que o médico pediu para que ela se  deitasse em uma maca não convencional e tocou em suas partes íntimas por um período maior que o normal para um exame de toque.


A delegada que cuida do inquérito policial afirmou que os depoimentos deixam claro que ele teve a intenção de um ato libidinoso. Para a delegada, duas das grávidas, que já tiveram outras gestações,  perceberam rapidamente a intenção do cubano. A delegada contou também com a ajuda de um médico, convidado informalmente, para analisar a atitude do profissional. E segundo esse médico, realmente, a conduta do cubano foge aos padrões. Para o lugar do médico cubano, foi nomeada uma médica.


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