segunda-feira, março 23, 2015

Mercadante perde espaço no governo Dilma para Joaquim Levy

Aloizio Mercadante assumiu a Casa Civil em substituição à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)

Seguindo conselhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff (PT) afastou o ministro Aloizio Mercadante (chefe da Casa Civil) da articulação política de seu governo, função que vem sendo exercida, principalmente, com o Congresso Nacional, pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. As conversas de Lula com Dilma sobre essa mudança foram inciadas em fevereiro, logo após as primeiras derrotas sofridas pelo Planalto no Congresso, atribuídas a Mercadante por lideranças petistas ligadas ao ex-presidente Lula. 


Mercadante é criticado pelas lideranças petistas, sobretudo, pelo confronto que houve entre o governo e o PMDB. Para a cúpula petista, foi Mercadante o principal mentor da candidatura do deputado Alindo Chinaglia (PT-SP), contra o Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acabou vencendo o pleito, em fevereiro. Desde aquela data, as relações entre os dois partidos só pioraram e o governo sofreu diversas derrotas na Câmara dos Deputados. 


Pesa também contra o ministro chefe da Civil, na visão dos petistas, a criação de um novo núcleo governista, com a participação do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e de Cid Gomes (PROS-CE), que acabou sendo demitido do Ministério da Educação, na semana passada, após enfrentar a Câmara dos Deputados, acusando 400 deputados de achacadores, dentre eles, o presidente da Casa, Eduardo Cunha. E um dos assuntos que mais irritou os peemedebistas foi a ideia da criação de um novo partido por Kassab que, para eles, seria uma tentativa de reduzir o poder da legenda, que é a principal aliada do governo Dilma.


Antes dos conselhos de Lula, Aloizio Mercadante vinha agindo ativamente na articulação política na tentativa de aprovar as propostas do Executivo. Para isso, reuniu-se com as bancadas do PMDB e do PSD, quando pediu apoio, por exemplo, ao pacote fiscal do governo. Mas, como não obteve sucesso, inclusive, com a Medida Provisória sendo devolvida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMB-AL), essa função passou, agora, para Joaquim Levy. O pacote do ajuste fiscal visa reduzir a desoneração da folha de pagamento das empresas.


Joaquim Levy (à esquerda) já esteve reunido com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para discutir projetos do governo

Desde o início de março, o ministro da Fazenda já esteve no Congresso em reunião com Renan Calheiros e Eduardo Cunha para discutir as medidas do pacote fiscal. Levy  já se reuniu também com a bancada petista da Câmara dos Deputados para tratar do mesmo assunto, sem a presença de Mercadante.


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