domingo, março 15, 2015

Milhões de pessoas vão às ruas contra a corrupção no Brasil

Em São Paulo, segundo a PM, cerca de um de milhão de pessoas participaram dos protestos na Avenida Paulista

Desde a parte da manhã até o início da noite, deste domingo, 15, ao menos 1,7 milhão de pessoas protestaram contra a corrupção e o governo federal em todos os Estados do Brasil e no Distrito Federal. Os protestos, organizados e convocados por movimentos e grupos das redes sociais, foram realizados em todas as capitais e também em dezenas de outras cidades em todas regiões do país. A divulgação do número de manifestantes em cada Estado foi feita pela Polícia Militar local.


Desde a parte da manhã, cerca de 40 mil pessoas protestaram na Capital Federal

Em muitas capitais, como em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza e Salvador, as manifestações foram realizadas na parte da manhã, sendo que em Belo Horizonte e em Salvador, houve protestos também na parte da tarde. Nas demais capitais do país, como em São Paulo, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, dentre outras, os protestos aconteceram no período da tarde, mas, desde cedo já havia a presença de manifestantes também nestas cidades.



Na cidade de São Paulo, onde houve a maior manifestação do domingo e uma das maiores manifestações populares dos últimos anos, há uma gritante divergência entre os dados da PM e do levantamento feito pelo Datafolha. Na Avenida Paulista, que tomada pela multidão, como também nas ruas próximas, cerca de um milhão de pessoas participaram dos protestos, segundo a PM. Já o Datafolha informou que o número de manifestantes na Paulista foi de 200 mil pessoas. Os organizadores concordam com o número de um milhão estimado pela Polícia Militar.


Verde e amarelo


No Rio de Janeiro, a multidão tomou conta da Avenida Atlântica, em Copacabana

Em todas as cidades, os manifestantes vestiram-se de verde e amarelo. Portando a Bandeira do Brasil, os manifestantes portavam faixas com dizeres contra a corrupção e a favor das investigações que apuram escândalos na administração pública do país, como a Operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga o pagamento de propinas e o desvio de bilhões de reais da Petrobras. Havia faixas também contra o governo de Dilma Rousseff e outras pedindo o impeachment da Presidente petista
.

Na Capital paulista, além das manifestações na região da Paulista, houve também manifestações de caminhoneiros, que depois de percorreram algumas ruas da cidade se juntaram ao protesto próximo à Avenida Paulista, onde houve também a presença de centenas de motociclistas. Os caminhoneiros continuam protestando contra o aumento dos combustível e pedem o aumento do frete.


Incidente em SP


De norte a sul do país, a presença da Polícia Militar foi reforçada para garantir a segurança nos protestos que contaram com a participação de jovens, adultos e crianças. Durante todo o dia, as manifestações transcorreram sem nenhuma ocorrência de baderna ou de ataques a bens públicos.


Em São Paulo, no entanto, houve uma ocorrência policial. Cerca de 20 pessoas de um grupo denominado de "Carecas do Subúrbio", conforme estava escrito em suas camisetas, foram detidos pela PM. Com eles, a polícia encontrou rojões, bombas caseiras e soco inglês. Após a detenção, eles foram levados para serem identificados no 2º Distrito Policial do Bom Retiro.


No início da noite, os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência da República), que se reuniram à tarde com a Presidente Dilma Rousseff, fizeram uma avaliação das manifestações deste domingo. Para Cardozo, as manifestações são democráticas e merecem o respeito do Governo Federal. "O governo vai propor a reforma política ao Congresso e o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais". Já o ministro Rossetto disse que a "maioria das pessoas nestas manifestações é formada por pessoas que não votaram na presidente Dilma".


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