A Polícia Federal prendeu o italiano Cesare Battisti nesta quinta-feira, 12, em São Paulo. Battisti estava sendo procurado pela polícia, desde o início de março, quando uma juíza federal determinou a sua deportação para algum país, ainda não definido. Após ser detido em Embu das Artes, ele foi encaminhado para a sede da Polícia Federal na Capital Paulista.
Acolhendo pedido do Ministério Público Federal, a juíza Adverci Rates Mendes de Abreu pediu a anulação do visto concedido pelo governo brasileiro ao estrangeiro, que acabou ficando em situação irregular no país. E, assim, segundo a juíza, "por ser criminoso condenado por crime doloso", Battisti não tem o direito de permanecer no Brasil.
O ex-ativista italiano foi condenado à prisão perpétua no final da década de 70 em seu pais, acusado de crimes cometidos quando fazia parte do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Battisti, que sempre se declarou inocente, afirmava que seu processo tinha razões políticas. Após a condenação, ele fugiu da Itália.
Da Itália, ele foi para a França, de onde saiu em 2004, após o governo francês afirmar que iria entregá-lo às autoridades italianas. Em 2007, Battisti foi preso no Rio de Janeiro usando documentos falsos.
Em 2009, ele foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quando a Suprema Corte decidiu por sua extradição para a Itália. Porém, o STF deixou a decisão final nas mãos do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No último dia do seu segundo mandato, o ex-presidente decidiu, então, que Cesare Battisti poderia continuar vivendo no Brasil. Essa decisão do governo brasileiro acabou causando tensões diplomáticas com a Itália, mas, foi apoiada pelo STF em 2011.
Agora, com essa decisão, Battisti deverá mesmo ser deportado. Ele não deverá ser extraditado para a Itália, mas, terá que deixar o Brasil. A defesa do italiano, no entanto, deverá entrar com recurso contra a decisão da juíza federal.
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