quarta-feira, abril 15, 2015

João Paulo fala de seu livro e diz que não guarda rancor


Na tarde desta quarta-feira, 15, o ex-deputado Federal, João Paulo Cunha (PT-SP), concedeu entrevista coletiva na cidade de Osasco, seu maior reduto eleitoral, para falar de seu livro de poemas, “QUATRO & outras lembranças”, que será lançado na cidade, nesta quinta-feira, 16,  O lançamento será realizado no Platinum Buffef, Rua Deputado Emilio Carlos, Vila Campesina, Osasco. Condenado no processo da Ação Penal 470, o mensalão, João Paulo trabalha em Brasília e cumpre o restante da pena em regime aberto.


Durante a coletiva para a imprensa de Osasco e região, João Paulo falou sobre os motivos que o levaram a escrever o livro com este título, recentemente, em Brasília, do governo Dilma, de suas expectativas sobre as eleições municipais de 2016, de visitas que recebeu, como também afirmou que não guarda rancor de ninguém, dentre outros assuntos. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista:


O livro

- “Quando uma pessoa é presa, ela perde a sua liberdade de ir e vir, mas, a sua mente não fica presa. E aí, ou você, se entrega, inclusive, mentalmente, ou você começa a exercitar a sua mente que é livre. Então, eu produzi muito durante esse período, escrevi várias resenhas de livros que poderão também se tornar um livro e comecei a escrever esses poemas, que retratam o tempo em que passei na prisão com reflexões de toda a minha vida”.


Quatro

“O número quatro faz referência a vários fatos. Pensei que fui preso no dia 4 de fevereiro, dia em que eles me tiraram tudo de mais precioso, que é a liberdade, como também pensei em 4 amores, e beijos e 4 linhas da mão, etc. Por isso, o título Quatro & outras lembranças”.


Hostilidade

“A pecha de mensaleiro, infelizmente, é possível que vamos carregar por muito tempo e a literatura ajuda a minimizar isso pessoalmente, como também pode ajudar a minimizar junto a opinião pública.  Não tenho sido hostilizado por onde passo e nem posso imaginar como seria a minha reação caso isso acontecesse. Mas, não temo por isso, o importante, é a gente saber o que fizemos de correto durante a vida”.


Poemas livres

“Nenhum dos poemas é direcionado a alguém especificamente. Não escrevi nada pensando especialmente numa pessoa ou outra. Faço várias ligações com o período da prisão e com outros momentos de minha vida, mas, de uma forma poética, sem rancor ou mágoa”.


Amigos

“Fiz muitos amigos durante a toda minha vida. Tenho orgulho, por exemplo, de ter lançado o Emidio como prefeito e depois ver o crescimento de sua carreira política. Como tenho orgulho também de ter apresentado o Jorge Lapas ao Emidio e depois ver a sua eleição como prefeito de Osasco. Lá na prisão, tive o prazer de receber telefonemas, por exemplo, de Celso Giglio, e a visita de Francisco Rossi, que leu a Bíblia e orou comigo. São pessoas que, apesar de termos sido adversários políticos, demonstram ter sensibilidade e solidariedade”.


Governo Dilma

“Acredito que o governo cometeu alguns equívocos, mas, acho que, agora, poderá melhorar o seu relacionamento com o Congresso com a articulação política sendo feita pelo Michel Temer. Em minha opinião, o governo não está ferido de morte”.  


Futuro

“No final do ano, a minha pena será extinta, quando passarei, então, a ser uma pessoa livre totalmente. Acompanho a política de Osasco e vamos estar na cidade, agora, com muita frequência, mas, apenas com o intuito de ajudar os companheiros fiéis, como o Gelso de Lima, uma pessoa que já mostrou toda a sua competência como dirigente político e gestor público”.


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