Líder petista lidera quebra-quebra na Câmara
Baderna e uma ameaça à já combalida democracia brasileira. Assim podemos classificar os atos de vandalismo praticados ontem nas dependências da Câmara dos Deputados por membros do MLST (Movimento pela Libertação dos Sem Terra), liderado por um membro da Executiva Nacional do PT. As imagens exibidas pela TV escancararam para o Brasil e para o mundo inteiro a falta de autoridade e a impunidade que hoje imperam no País.
São imagens que deveriam envergonhar todos os políticos eleitos e pagos pela população brasileira para administrar o País. Armados com ferros e pedaços de pau, homens, mulheres, jovens e velhos, adentratram à Câmara e, como um bando de guerrilheiros, começaram a quebrar tudo e a todos que encontravam pela frente. No total, eram mais de 500 invasores que deixaram um saldo de mais de 20 pessoas feridas e um agente de Segurança da Câmara em estado grave na UTI.
E nem precisa dizer que esse fato lamentável foi o assunto principal nas tribunas das duas Casas Legislativas, um dia antes do mensalão completar um ano sem que ninguém fosse punido exemplarmente. E se as investigações forem feitas de forma séria como o caso exige, elas poderão complicar a situação do Governo Lula. O MLST foi fundado e é dirigido por Bruno Maranhão, membro da Executiva Nacional do PT. Juntamente com todos os demais invasores, Bruno Maranhão foi preso pela polícia e deverá ser indiciado por vários crimes. Ele é secretário nacional de movimentos populares do Partido dos Trabalhadores.
No ano passado, o MLST invadiu o prédio do Ministério da Fazenda, em Brasília. Foi a primeira vez que manifestantes ocuparam também o andar em que fica o gabinete do ministro da Fazenda. Maranhão é integrante da Executiva do PT e faz parte da corrente Brasil Socialista, considerada radical --a tendência que predomina hoje no partido é a Campo Majoritário. O Movimento foi fundado em 1997, tem presença em 12 Estados e conta com a participação de aproximadamente 50 mil famílias.
Parlamentares de todos os partidos condenaram a invasão. O presidente Lula, que estava no Ceará, não comentou o fato e a Presidência da República divulgou apenas uma nota lamentando e condenando a invasão. A oposição pede que o Governo petista e o PT tomem providências e expulsem o baderneiro do partido. Por sua vez, o presidente do partido, Ricardo Berzhoini, disse o PT repudia os atos de vandalismo e que o partido irá estudar a situação de Bruno Maranhão.
Mas, um partido que não puniu os parlamentares mensaleiros e nem expulsou outros acusados de terem feito caixa dois, será que vai tomar alguma atitude contra um membro da Executiva Nacional, mesmo que tenha sido ele o líder desses atos de vandalismo e selvageria no Congresso Nacional? Será que mais uma vez vamos ouvir o presidente Lula dizer que não sabe de nada? Só falta daqui a pouco, membros do governo virem a público e afirmarem que foi a oposição que programou essas invasões do MLST só para desestabilizar o governo e prejudicar a campanha de Lula.
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