Mais de 90 mortos. Isso não basta?
É impressionante como a violência e a morte estão banalizadas no Brasil. E a causa disso é uma só: a impunidade. O mundo inteiro está estarrecido. Enquanto os grandes veículos de comunicação de todo o planeta afirmam que o Brasil vive um clima de guerra civil, aqui, nossas autoridades fazem jogo político, pouco se importando com o choro de uma mãe desesperada ou de uma criança que pede a volta do pai assassinado.
Estamos num guerra contra o crime organizado e o que importa agora, senhores governantes, não é saber se quem está no poder é o PT, PSDB, PFL ou PMDB. O que importa nesta hora é ter a humildade, senhor governador Cláudio Lembo, de permitir a entrada não somente da Força Nacional de Segurança, mas também da Polícia Federal e do Exército, e de ter a sensatez, senhores petistas, que isso não significa nenhum favor do Presidente Lula ao Estado de São Paulo. Segurança Pública é responsabilidade do prefeito, do governador e do presidente da República. Se os senhores não sabem disso, por favor, leiam a Constituição Federal. E a responsabilidade maior é do Governo da União, que continua permitindo o contrambando de armas nas fronteiras e, o pior, o crescimento do narcotráfico no país, a pior desgraça de uma nação.
Amanhã, as manchetes do mundo inteiro, com certeza, não vão mais destacar o número de mortos no Brasil, mas sim a burrice e a omissão de nossas autoridades. E se os defensores do presidente Lula pensam que somente os governadores são os perdedores dessa crescente onda de violência, estão redondamente enganados. São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul não são estados independentes do Brasil e quem governa este país, pelo que eu saiba, ainda é o senhor Luiz Inácio Lula da Silva.
Veja o que está escrito na Constituição Federal, no Artigo 34, que trata do assunto Intervenção: "A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: Inciso III: pôr termo a grave comprometimento da ordem pública". Será que mais de 90 pessoas assassinadas, centenas de ônibus incendiados, fogo em agências bancárias e o pânico instalado não são um grave comprometimento da ordem pública?
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5 Comentários:
Além de leis mais severas contra bandidos como Marcola e Fernandinho Beira Mar, o que o Brasil precida, urgentemente, para acabar com a violência é de investimento em educação. Mas, como esperar isso de um governo petista?
Santiago, a lei e o seu cumprimento precisam de atualização porque datam da década de 40.
Ocorre que a Justiça precisa ser igual para todos os criminosos.
Recentemente saímos às ruas para pedir punição aos corruptos e muitas das pessoas que ficaram apáticas e indiferentes ao movimento pacífico e democrático ontem fugiram das ruas e se recolheram nas suas casas com medo das gangues e dos arrastões que tomaram o centro da cidade.
Muitos inocentes tombaram, policiais, que juraram oferecer a própria vida em defesa da sociedade, e civis.
Uma tragédia anunciada que poderia ter sido evitada na avaliação simples de causa e efeito.
A corrupção toma conta do corpo social em todos os níveis. Impune. Qual é a diferença entre Marcola e Fernandinho dos criminosos de colarinho branco? Muitos deles têm até horário gratuito no rádio e na tevê para se promover e jamais serão recolhidos aos presídios. Parte deles já são candidatos e é certo que se elegerão pelo voto democrático.
Mais que um problema de educação, a violência urbana é fruto da nossa própria omissão e sentimento de inferioridade diante daqueles que nos oprimem e subtraem o futuro do Brasil.
Pena que esse anônimo aí de cima não se identificou. Gostaria de parabenizá-lo pelas verdades contidas em seu comentário. Só gostaria de acrescetar que uma das instituições que tem grande parcela de responsabilidade sobre essa omissão da sociedade brasileira, chama-se: imprensa. Seja ela grande, média ou pequena. Parece que todos estão comprados pelo poder público, pois, o que a gente ver nas ruas é muito diferente daquilo que sai nos jornais. Isso é lamentável e infeliz é a nação que tem uma imprensa como a nossa. Ela é corrupta e um campo aberto para a ação dos políticos corruptos.
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SOBRE A IMPRENSA, BASTA VER A QUANTIDADE DE INSERÇÕES DA CIA. VALE DO RIO DOCE E DA PETROBRÁS NA MÍDIA. É O GOVERNO COMPRANDO ESPAÇOS E CALANDO A BOCA. A PEQUENA IMPRENSA ENTÃO, ESSA NEM SE FALA, SEMPRE FOI SUBALTERNA AOS GOVERNOS. BASTA VER A TRISTE FIGURA DOS EMPRESÁRIOS DO RAMO SEMPRE TÃO SOLÍCITOS AOS PEDIDOS QUE VEM DAS PREFEITURAS. RARAMENTE O LEITOR É LEMBRADO. OS JORNAIS MAIS PARECEM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS. ALGUNS jornalistas, ASSIM MESMO EM MINÚSCULO, CUMPREM DUPLA JORNADA NA PREFEITURA E NO JORNAL ONDE DEFENDEM COM FERVOR AS NOTÍCIAS PAGAS PELO GOVERNO. SE CONSIDERAM PROFISSIONAIS POR DEFENDEREM O GRUPO QUE OS MANTÉM. AGARRAM SEUS EMPREGOS COM A VORACIDADE DOS FAMINTOS E NEM SE PREOCUPAM EM CONHECER A ÉTICA PROFISSIONAL OU DAS RELAÇÕES PESSOAIS. A PROPÓSITO, A ÉTICA NA FUNÇÃO PÚBLICA EM QUESTÕES RELACIONADAS À COMUNICAÇÃO SOCIAL DETERMINA, COMO MANDA A CARTA MAGNA, TRABALHAR EM FAVOR DA SOCIEDADE POR MEIO DA DIVULGAÇÃO DE POLÍTICAS DE ESTADO E TEMAS DE INTERESSE PÚBLICO. SÓ ISSO. TUDO O MAIS É ABUSO DE PODER PARA FAVORECER A IMAGEM DE PESSOAS E GRUPOS EM DETRIMENTO DOS INTERESSES DO ESTADO E DO CIDADÃO QUE PAGA A DÍVIDA PÚBLICA.
SE A LEI FOSSE RESPEITADA HAVERIA PUNIÇÃO PARA O USO DE DINHEIRO PÚBLICO PARA PROMOVER GOVERNOS E PESSOAS. DINHEIRO PÚBLICO EM COMUNICAÇÃO DEVE SER USADO PARA DIVULGAR PROGRAMAS DE ESTADO A SERVIÇO DA POPULAÇÃO E NÃO DE GRUPOS QUE SE DESPEDEM A CADA QUATRO ANOS.
E JÁ VÃO TARDE!
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