quarta-feira, junho 07, 2006

Lula provoca adversários e é chamado de "malandro", "cínico" e "cara-de-pau"

Poucos dias depois de ter dito que voltaria a ser o "Lulinha Paz e Amor", mas, sem o criador da idéia, Duda Mendonça, o presidente Lula acabou se perdendo em provocações e levou o troco da oposição. Em Manaus, Lula, que ainda insiste em enganar o povo, dizendo que não é candidato, afirmou que não teme a oposição e espera que os seus adversários mostrem sim todas as cenas das CPIs na campanha e as "torturas" que eles (a oposição) fizeram com muitas pessoas nessas CPIs. Certamente, Lula estava se referindo aos deputados, acusados de fazerem parte do mensalão e que foram absolvidos pelo plenário da Câmara. O problema é que, enquanto o corporativismo imperava no Congresso, o Procurador-Geral da República, Antonio Fernandes, fazia suas investigações e no final denunciou 40 parlamentares. E mais: classificou o caso como formação de quadrilha, chefiada pelo ex-deputado e ex-ministro José Dirceu.
O desafio de Lula foi o suficiente para a oposição elevar o tom das críticas ao Governo e à "omissão" do presidente Lula em relação aos casos do mensalão e de caixa-dois no PT. O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin disse que depois de ignorar os casos de corrupção em seu governo, "Lula agora está dando uma de cínico". Em entrevista na última edição da revista Veja, Alckmin reiterou suas críticas e disse que Lula é um "cara-de-pau", por fazer uso do programa Bolsa Família.
E as críticas a Lula não partem apenas de Geraldo Alckmin. Também no Congresso Nacional, deputados e e senadores não medem palavras para criticar o presidente e candidato à reeleição. Um dos mais irados com o presidente Lula é o senador baiano Antonio Carlos Magalhães (PFL). O velho ACM tem usado a tribuna todos os dias e num de seus últimos discursos disse que Lula é um grande "malandro", referindo-se também ao Bolsa Família, que foi criado no programa FHC e continua sendo usado pelo presidente Lula. Posteriormente, Lula disse que reconhece que foi um erro ter desafiado a oposição. Mas, parece que o arrependimento veio tarde demais. Mesmo afirmando que ainda não é candidato - como se o povo acreditasse nisso - Lula abriu a campanha, falando justamente de ética, virtude que parece não combinar muito com mensalão, caixa-dois, dólar em cueca e casos de corrupção envolvendo até ministros do Governo.

Acesse: www.noticiasdepaz.com.br

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