terça-feira, outubro 10, 2006

PT versus PT

O PT já fazia a maior festa e todos esperavam que o presidente Lula tivesse mais de 60% dos votos válidos no primeiro turno. Petistas de todas as patentes, dos mais graduados aos mais humildes cabos eleitorais, não escondiam a alegria com as pesquisas de intenção de voto. Todos acreditavam que o "Lula Pai dos Pobres", mas que anda de avião de luxo, comprado com o dinheiro do povo, não iria tomar conhecimento do Geraldo Alckmin, chamado por eles de "Picolé de Chuchu". Só que tudo isso veio abaixo com a abertura das urnas. Lula levou uma "chuchumbada" de Alckmin e parece que ainda não se refez do susto. Prova disso foi o debate da Band, onde um irreconhecível Lula, abatido, não conseguiu responder às principais perguntas de Alckmin, principalmente, quando o tucano quis saber sobre a origem dos quase dois milhões de reais, apreendidos com amigos de Lula, que seriam usados para comprar um dossiê falso contra José Serra e Geraldo Alckmin (PSDB).
Como perdeu em São Paulo, Lula tratou logo de trocar sua equipe de coordenação no Estado. Mas, parece que trocou 12 por meia dúzia. Tirou Paulo Frateschi, presidente estadual do partido, um petista até certo ponto desconhecido, mas sobre o qual não pesam denúncias de corrupção, para colocar a ex-prefeita Marta Suplicy, cuja antipatia nem os próprios petistas suportam.
Antes da escolha do candidato petista ao governo do Estado, três eram os concorrentes: Aloísio Mercadante, Marta Suplicy e o deputado federal João Paulo Cunha, um deputado simples, que continua tendo acesso fácil às bases do partido. Mas, como João Paulo teve problemas com o valerioduto, ele foi atropelado por Mercadante, que também passou por cima de Marta Suplicy.
Porém, mesmo com a bênção de Lula, Mercadante não foi páreo para José Serra e ainda, agora, se vê enrolado com o caso dossiêgate, uma vez que o coordenador de comunicação de sua campanha está sendo acusado de ser o homem da mala.
Para alguns petistas, Lula ganharia mais se colocasse na coordenação o próprio João Paulo, que foi o deputado petista mais bem votado do Estado, apesar do mensalão; ou o senador Mercadante, apesar da derrota e do caso dossiê. Para esses petistas, a ex-prefeita Marta Suplicy que, além de antipática, responde também a processos por problemas de quando era prefeita, poderá significar mais divisão do que soma no maior colégio eleitoral do Brasil. E, como já ficou provado em varias eleições, perder em São Paulo não é boa coisa para nenhum candidato.

1 Comentários:

Às outubro 15, 2006 , Anonymous Anônimo disse...

Caro Renato

A Martataxa poderá não influenciar o voto daqueles petistas alienados ou que vivem de favores em empregos públicos.
Mas, duvido que com esse discursinho de defender os pobres e essa postura de "ex-senhora Suplicy", ela consiga influenciar votos de eleitores indecisos e diminuir a vantagem de Alckmim em São Paulo. Sorte do Brasil é que o PT não precisa de oposição. Os seus próprios erros e essa falta de gente competente é o que vai varrer esse ex-partido dos trabalhadores da história.

 

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