Serra e Aécio vestem a camisa de Alckmin
Pode ser que no primeiro turno, os governadores eleitos por São Paulo, José Serra, e por Minas Gerais, Aécio Neves, dois tucanos de alta plumagem, não tenham realmente se empenhado o bastante pela campanha tucana de Geraldo Alckmin, adversário de Lula (PT). Isso ficou ainda mais evidente em Minas, onde o jovem Aécio ignorou a candidatura petista e foi reeleito com quase 80% dos votos válidos, enquanto Alckmin, apesar de ter subido nas últimas semans do primeiro turno, ficou 10 pontos atrás de Lula. Em São Paulo, por ser o seu Estado, Alckmin ganhou de Lula, minimizando assim um possível desinteresse de Serra.
O não engajamento de Serra e Alckmin até que tinha motivos. Como as pesquisas furadas indicavam uma vitória avassaladora de Lula, e os dois são candidatíssimos à Presidência em 2010, ambos preferiram não embarcar de corpo e alma com Alckmin esperando que este ficasse sozinho com os desgates da derrota. Só que esses planos deram errado. Geraldo Alckmin obteve mais de 40 milhões de votos e provou que pode vencer o petista e ser o novo presidente da República.
Esse sucesso de Alckmin, portanto, fez com que José Serra e Aécio Neves mudassem de planos. Até porque, se Alckmin passou para o segundo turno, nada indica que ele não tenha condições de ser eleito. Aí a situação, tanto de Serra, como de Aécio ficaria complicada.
E os dois não pensaram duas vezes. Neste segundo turno, já vestiram a camisa de Alckmin e derrubaram as esperanças de Lula que esperava contar, pelo menos, com o mesmo distanciamento de ambos da campanha tucana.
A prova desse engajamento dos dois governadores à campanha de Alckmin já pode ser vista em compromissos nos dois estados, como em comícios com Geraldo, onde os dois não medem críticas ao governo Lula e pedem que o povo vote no tucano. Serra e Aécio já se colocaram também à disposição para viajar com Alckmin para outros estados e regiões do País e, em eventos, onde Alckmin não pode comparecer por ter outros compromisso, ele é representando por Serra ou Aécio, além de outras lideranças tucanas ou pefelistas, como Guilherme Afif.
E com o reforço desses dois pesos pesados do tucanato, Alckmin poderá subir ainda mais nos dois maiores colégios eleitorais do Brasil e contrapor à vantagem que Lula continua tendo nas regiões Norte e Nordeste. E parece que isso as pesquisas não conseguem (?) detectar. Só mesmo quando as urnas forem abertas é que o Brasil saberá quem será o novo Presidente.
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