Nesta terça-feira, 15 de maio, o Tribunal do Júri de Belém do Pará condenou o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida,
(à direita), a 30 anos de prisão em regime fechado. Ele era acusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, 73 anos. Bida é o quarto acusado condenado pelo crime, que aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2005, em Anapu no Pará. Outro acusado de ser também mandante do crime, o fazendeiro Regivaldo Galvão, o Taradão, está em liberdade e pode ser julgado ainda este ano.
Os jurados - quatro mulheres e três homens - concordaram com a tese da acusação: homicídio duplamente qualificado, com promessa de recompensa (R$ 50 mil aos pistoleiros), motivo torpe e uso de meios que impossibilitaram a defesa da vítima. Foram cinco votos contra dois. A pena de Bida, inicialmente de 29 anos, foi agravada porque a freira era idosa. E o júri decidiu pela pena máxima após considerar que houve crime de mando, autoria intelectual, abrigo na fuga dos pistoleiros e a promessa de recompensa.
Para a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e também para diversas ONGs, a condenação de 30 anos para um dos mandantes desse bárbaro assassinato é um marco na Justiça brasileira. Além de ter sido condenado à pena máxima, o fazendeiro Bida, de 36 anos, não terá direito de recorrer em liberdade. Mas, como foi condenado a mais de 20 anos de prisão, ele tem o direito a um novo julgamento. Para os advogados de defesa, a pena deverá ser ratificada. Parentes da missionária, que moram nos Estados Unidos, acompanharam o julgamento e afirmaram ter ficado contentes com a condenação.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial