quarta-feira, dezembro 26, 2007

Vencidos e vencedores da CPMF




Já escrevemos aqui neste blog que o maior vencedor com a queda da CPMF foi o povo brasileiro, pois ao contrário do que pregava o governo, dizendo que quem paga a CPMF é apenas o rico, o povão pobre é o que mais sofre com qualquer tipo de imposto. E não é diferente com o imposto do cheque, uma vez que se o menos favorecido não tem grande movimentação financeira, ele acaba pagando o imposto no produto final. E é justamente esse cidadão simples que não tem como escapar, pois o rico repassa a CPMF para o consumidor final.
Mas votação da CPMF no Senado teve também vencidos e vencedores no campo político. E o maior derrotado foi o Governo Lula. Depois de passar como um trator na Câmara dos Deputados, que hoje, comandada mais uma vez por um petista, não passa de uma extensão do Executivo, o Governo pensou que iria agir da mesma forma em relação aos senadores. Quase conseguiu, mas, na última hora, PSDB, DEM e opositores de outros partidos, mesmo da base aliada, deram um basta nos interesses e na prepotência do Governo.
Assim, um dos grandes derrotados foi o próprio presidente Lula (foto, à esquerda). Ele acreditou que tinha os votos necessários para continuar abocanhando cerca de R$ 43 bilhões por ano com a CPMF. Com essa montanha de dinheiro excedente no caixa da receita, os petistas iriam deitar e rolar nas eleições municipais. Mas, a oposição não deixou e o Governo terá que rever o orçamento e, consequentemente, os repasses para as prefeituras, sobretudo, as petistas.
E um dos grandes articuladores dessa oposição foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) -foto do meio - que peitou os governadores tucanos, campitaneados por José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), que chegaram a pedir votos pela prorrogação da CPMF. Com apoio maciço da bancada tucana no Senado, FHC conseguiu uma vitória retumbante contra os petistas. Foi, sem dúvida, um dos vencedores nessa batalha da CPMF no Senado,
Mas, na Câmara dos Deputados, onde a maioria se curvou ao Governo, houve também deputados que ouviram a voz das ruas e ficaram ao lado do povo. É o caso, por exemplo, do deputado Francisco Rossi (PMDB-SP), que mesmo pertecendo a um partido da base aliada, votou contra. Rossi, que chegou a pedir afastamento de uma das vice-presidêcias do partido para se posicionar contra a prorrogação do imposto do cheque, promoveu ainda ações contra a CPMF, em Osasco, onde é pré-candidato à Prefeitura do município, que já administrou por duas vezez. Para Rossi, ao contrário do Governo, o povo pobre era sim penalizado com a cobrança da CPMF. Portanto, Rossi foi também um dos vencedores com a queda da CPMF no Senado.

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