segunda-feira, dezembro 03, 2007

Venezuelanos dizem "não" a Chávez

Neste domingo, 2 de dezembro, a maioria do povo venezuelano deu mais um passo rumo à consolidação da democracia na América do Sul. Mais de 50% dos eleitores rejeitaram a reforma constitucional proposta pelo presidente Hugo Chávez (foto, com Fidel Castro ao fundo), conforme boletim oficial divulgado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral)na manhã desta segunda-feira. O CNE informou que 50,7% dos venezuelanos votaram contra o primeiro bloco de artigos submetidos à consulta, enquanto 49,29% optaram pelo "sim" no referendo.
Cerca de 16 milhões de venezuelanos votaram no plebiscito. Um dos principais artigos da reforma proposta por Chávez dizia respeito ao sistema de reeleição. A reforma constitucional possibilitaria, dentre outras coisas, a reeleição de Chávez quantas vezes ele desejasse.
A derrota no referendo é, com certeza, o mais duro golpe que Hugo Chávez sofreu, em seus quase nove anos no poder. Sempre radical, Chávez vinha fazendo escola no continente, sendo seguido por seus colegas Bolívia e do Equador. Ao mesmo tempo, o presidente venezuelano vinha aumentando o seu índice de rejeição dentro de seu próprio país e conquistando cada vez mais opositores em países importantes, como o Brasil, Uruguai, Chile e Colômbia.
Nos últimos anos, para mostrar poder e liderança, Chávez decretou a nacionalização da principal empresa de telecomunicações, a Cantv, o fim da concessão da emissora oposicionista RCTV e promoveu uma ampla reforma constitucional. Apesar de ter sido eleito democraticamente, Chávez sempre se mostrou intolerante com os críticos de seu governo.
Assim, depois do "por que não te calas" do Rei Juan Carlos, da Espanha, agora foi a vez do povo venezuelano mandar Chávez "se calar" nas Américas.

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