quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Exército Brasileiro vira empreiteira no Nordeste

Confesso que eu não esperava ver o Exército Brasileiro ser transformado pelo Governo Lula numa mera empreiteira de construção de estradas, como está ocorrendo no Nordeste. A gente, aqui em São Paulo, ouvia o Lula dizer que se as empresas continuassem brigando na Justiça por causa de licitação, ele iria colocar o Exército para duplicar a BR 101 nos trechos de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Estive agora no Nordeste e é muito diferente ouvir essas promessas e ver na prática, um Exército construindo estradas, fato que, em minha opinião, não passa de uma pura medida eleitoreira. Em janeiro de 2006, ano eleitoral, o Lula esteve lá e fez um longo discurso, afirmando justamente isso, ou seja, que iria usar Exército para mostrar para as empresas que ele iria duplicar a estrada, mesmo sem elas.
Sei perfeitamente que o Exército Brasileiro tem profissionais competentes, inclusive, possui os Batalhões de Engenharia e Construção. Mas, sempre vi também que as obras construídas pelo Exército eram obras de emergência, não uma duplicação há tantos anos planejada e que deveria, sim, ser construída pela iniciativa privada, deixando o Exército livre para cumprir suas funções em defesa da Pátria.

Sem futuro
Acompanhei, tanto em Pernambuco, como na Paraíba, um cenário inacreditável. Soldados do Exército trabalhando, como serventes de pedreiro, fardados e debaixo de um calor insurpotável. Até de noite pude verificar que haviam homens do Exército e máquinas trabalhando. Mas, o incrível é que depois de tanto tempo não tem quase nada concluido. Apenas alguns treçhos próximos de algumas cidades é que estão mais adiantados. Até parece que esses trechos poderão servir de atração de votos, uma vez que estamos novamente em ano eleitoral.
Porém, além de ver aqueles soldados, sob ordem militar, trabalhando naquelas condições, muito diferente do sonho de um jovem que entra no Exército para seguir carreira, e que pode até construir estradas mas em caso de emergência, fiquei pensando também no desvirtuamento das reais funções do Exército.
Já constatamos em diversas ocasiões que, mesmo não sendo preparados para o policiamento urbano, os homens do Exército já prestaram relevantes serviços no combate à violência no Rio de Janeiro, tanto que são sempre chamados para colocar os tanques nas ruas para dar segurança e eventos internacionais ou durante visitas de pessoas importantes ao País.
Então, se a violência é tão grande em nossas cidades, por que não treinar esses homens para colocar ordem em nossas cidades, e não transformá-los em meros pedreiros ou serventes de obras, sem nenhum desmerecimento a esses profissionais?
O Exército Brasileiro, se não estivesse sucateado como está, não seria também mais útil na proteção de nosss fronteiras secas para coibir a entrada de drogas e armas no Brasil? Do jeito que está não sei qual será o futuro do nosso Exército.


7 Comentários:

Às fevereiro 07, 2008 , Anonymous Anônimo disse...

Concordo em numero genero e grau.
Apesar dos profissionais militares terem em seus curriculuns a formação de engenharia civil, são dirigidos para obras militares e estratégicas.
Em contrapartida o Lulla emprestou 1 bilhão de dolares para Cuba construir estradas por lá.
E as nossas como ficam

 
Às fevereiro 10, 2008 , Blogger Renato Ferreira disse...

Adalberto,
As nossas estradas ficam como pasto.
Há dois anos, estive em Minas e fui pela Rio-Bahia (BR 116). No trecho entre Além Paraíba e Leopoldina, cidade onde eu deixo essa rodovia, era melhor transitar pelo pasto de boi doque pela estrada federal de tantas crateras.

 
Às abril 16, 2008 , Anonymous Anônimo disse...

Meu caro jornalista vá estudar e pare de falar do que você não conhece. Quando você escolhe um lado e perde a visão do outro lado você deixa de ser jornalista e passa a ser militante.

Trabalhos da Engenharia Militar

Em complemento à nota à imprensa, de 13 de dezembro de 2007, versando sobre a interrupção temporária das obras da Engenharia Militar no Nordeste, o Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx) vem esclarecer que:

1. A Engenharia Militar participa de trabalhos em apoio à infra-estrutura de transportes no Brasil desde os idos de 1880, quando a Lei Federal n° 2.911, de 21 de setembro, previa o seu emprego "na construção de estradas de ferro, de linhas telegráficas estratégicas e outros trabalhos de engenharia pertencentes ao Estado...". Em 1901, o 1° Batalhão de Engenharia recebeu a missão de construir uma estrada de ferro, ligando o Noroeste Paranaense a Mato Grosso. O então 1o Batalhão Ferroviário, em 11 Dez 1919, atual 10º BE Cnst – LAGES/SC, dá início, no Sul do País, à nova arrancada para o desenvolvimento, tendo, hoje, em seu acervo, mais de 2.000 km de ferrovias construídas. O apanágio dos sentimentos desses engenheiros de ontem e de hoje pode ser sintetizado na expressão: “EU NÃO VIVI EM VÃO."

2. O Exército Brasileiro executa obras públicas de infra-estrutura por intermédio de suas Organizações Militares de Engenharia de Construção (OM E Cnst), realizadas em cooperação com outros órgãos, mediante celebração de convênios e parcerias, visando ao adestramento da tropa e ao preparo do equipamento do território. A execução desses trabalhos permite, também, o adestramento da tropa em trabalhos técnicos previstos em caso de conflito.

3. Nos dias atuais o Exército coordena a execução de obras por todo o País, por intermédio dos seus 11 (onze) Batalhões e 01 (uma) Companhia de Engenharia de Construção, enquadrados por dois Grupamentos, com sede em JOÃO PESSOA e MANAUS. O percentual de obras que cabe ao Exército, no quadro geral de contratação de obras pelos Governos Federal, Estadual, Municipal ou órgãos públicos (como a INFRAERO), equivale, historicamente, a uma média de 3% a 6% do total, trabalho executado sempre com economia, pontualidade e qualidade, nos mais distantes rincões do Brasil.
HELIO DE SOUZA BORBA

 
Às abril 16, 2008 , Blogger Renato Ferreira disse...

Hélio Borba
Com esse blog petista, de uma nota só, você ainda tem coragem de me mandar estudar pra conhecer o outro lado?
Olha, se hoje sou um crítico do PT, o faço com propriedade, mesmo porque votei no Lula em 2002 e, como a maioria dos brasileiros, fui enganado.
A vitória do PT foi o maior estelionato eleitoral que teve no Brasil.
Enquanto oposição, eles criticavam, faziam baderna em frente ao Palácio do Planalto e do Congresso, mas, bastou chegar ao poder para patrocinar os maiores escândalos políticos do país.
Quanto ao Exército construir estradas como se fosse empreiteira, essa é a minha opinião. Os Batalhões de
Engenharia são importantes, sim, mas para as obras estratégicas e, no caso de urgência em construções de estradas. Mas, nessas do Nordeste,meu caro, são sim "meras empreiteiras do Lula em ano eleitoral".

 
Às outubro 13, 2010 , Anonymous Anônimo disse...

Pois eu vi a br 101 no Rio Grande do Norte em perfeito estado..mto bommm o trabalho deles.. quem dera q o exercito fizesse isso no Ceará.......devia dá uma olhadinha por lá.. pra ver como ficou ótima e bem feita a estrada...

 
Às janeiro 17, 2011 , Blogger Praça do Ferreira Virtual disse...

Infelizmente, o Sr. Renato parece ter uma visão deturpada da capacidade do exército, bem como da sua missão constitucional. Aqui no Ceará, foi amplamente divulgada a qualidade dessa estrada, e, a única coisa ruim desse feito, foi que descobrimos o quanto as empreiteiras do nosso país enganam o povo, ao entregar verdadeiras porcarias, pelo mesmo custo. A estrada do EB, toda construída com uma grossa camada de concreto de base, é obra pra durar dezenas de anos.

 
Às fevereiro 24, 2011 , Anonymous J.Claro disse...

Tem gente que deveria ter um pouco mais de bom senso antes de postar certas coisas. Deve ser um Demotucanalha miserável que não consegue ver ou finge não ver a realidade. Uma banana pra vc, seu tonto e hipócrita.

 

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