quinta-feira, outubro 08, 2009

PMDB fica dividido entre Dilma e Serra

O PMDB continua como sempre: dividido. E agora mais do que nunca o partido está rachado. A ala governista defende o apoio à candidatura Dilma Roussef e quer antecipar essa aliança com o governo. Já a ala oposicionista quer distância do govero Lula e defende o apoio ao tucano José Serra, governador de São Paulo.
A cúpula do PMDB, tendo à frente do presidente o deputado federal, Michel Temer, que almeja ser vice de Dilma, José Sarney e Renan Calheiros, esteve reunida nesta terça-feira em um jantar para tentar formalizar uma espécie de pré-aliança em torno da candidatura da ministra Dilma Rousseff. Apesar da outra parte do PMDB não concordar, os governistas do partido querem sinalizar à legenda que estão dispostos a apoiar a ministra na corrida presidencial em 2010.
A ala governista do PMDB acredita que, se o partido não formalizar a aliança com Dilma, perderá o controle da legenda nos Estados --onde nem sempre a composição com o PT é possível de ser executada. "Para que a gente mantenha a maioria, é preciso fazer isso. Se o processo ficar solto, a gente perde o controle", disse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
E é justamente nessas divisões regionais que a ala anti-governo aposta para levar o PMDB a apiar a candidatura tucana. Esse grupo defende que o PMDB decida o seu apoio somente na convenção, prevista para o primeiro semestre do ano que vem.
Alguns peemedebistas também criticam a pressa na consolidação do apoio a Dilma porque consideram muito cedo para definir alianças estaduais. "Não sou partidário dessa antecipação toda. Deveríamos ouvir as bases do partido, ter mais segurança", afirmou o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).
Aliado de Serra, o ex-governador Orestes Quércia (PMDB-SP) se reuniu com Temer no final de setembro para pedir que ele não se precipite na busca de uma aliança formal do PMDB com Dilma. Para Quércia, até a convenção em junho, o quadro sofrerá alterações e a maioria dos peemedebistas vai estar com o tucano José Serra. O ex-governador cita, inclusive, o peso de importantes estados como São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, onde o partido está mais próximo de um acordo com os tucanos. Nesses estados, o próprio PT não aceita ficar sem candidatura própria o que dificulta a aliança nacional.

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