Bem, se a campanha presidencial ainda estava morna, com um discurso aqui outro ali, com uma inauguração aqui, outra ali, já não está mais. E coube ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que sempre foi massacrado pelos governistas do PT, colocar lenha na fogueira. Mas, FHC não se conteve apenas em colocar lenha. Ele tambem ateou gasolina e o fogaréu já está virando um incêndio.
Tudo começou no final de semana com um artido de FHC, publicado no Estadão, onde o expresidente disse que Lula "tem impulsos toscos" e "enuncia inverdades". No artigo, FHC afirma também que não tem medo da comparação do seu governo com o atual. Para o ex-presidente, só o PT e Lula que não admitem os avanços do seu governo, que fez as privatizações necessárias, tornando empresas públicas parasitas em empresas lucrativas para o país e a estabilização econômica, que além de ter melhorado a vida de todos os brasleiros, possibilitou ao governo Lula passar sem tantos problemas pela atual crise mundial.
E parece que FHC resolveu tomar de vez as redeas da oposição em termos de criticas ao governo e à candidata Dilma Roussef. Nesta segunda-feira, o ex-presidente voltou às críticas e focou na candidata Dilma.
Para ele, a ministra ainda "não inspira confiança". Batendo mais forte, FHC disse que a candidata petista é apenas um "reflexo de um líder". "O governo atual tem um líder, o meu governo teve um líder, o governador José Serra é um líder. Infelizmente, pela história da ministra Dilma, ela ainda não teve essa oportunidade. Não estou condenando. Para mim, está provado que Serra tem competência, é um líder e inspira confiança. A outra, para mim, ainda não", disse FHC. As declarações foram feitas durante a inauguração da Biblioteca de São Paulo, instalda no Parque da Juventude, onde funcionou a Casa de Detenção do Carandiru.
Na presença de lideranças tucanas e secreários do governo Serra, FHC foi ainda mais fundo nas críticas. "A Dilma pode ser que venha a ser (líder) mas, por enquanto não é". O ex-presidente, que disse reconhecer a liderança de Lula, disse que o país precisa de "gente competente, que não roube e que inspire confiança". E terminou afirmando que a candidata Dilma "é uma liderança falsa, de silicone".
E as criticas de FHC, que provocaram imediata reação das lideranças governistas, mudaram também o clima no Congresso. Por parte do governo, o próprio Lula e a ministra Dilma responderam ao ex-presidente durante uma inaguração em Minas. O deputado Ricardo Berzoini, que passa o cargo de presidente do PT a José Eduardo Dutra, disse que as críticas de FHC vinculam o ex-presidente a José Serra.
No congresso houve bate-boca entre situação e oposição, tanto no Senado como na Câmara dos Deputados. E o clima esquentou mais no Senado, onde Tasso Jeireissai fez um longo discurso elogiando a posição de FHC e aind fazendo outras críticas ao governo e à candidata petista. E como já era esperado, o senador cearense recebeu apartes de vários colegas tucanos e democratas, como também ataques dos três senadores petistas que se encontravam na sessão.
Portanto, coube a FHC acender a fogueira. Apesar de terem ficado visivelmente irritados, parece que era isso que os governistas esperavam para também descer a lenha no governo anterior. Cabe agora saber até que ponto José Serra e seus aliados terão capacidade para manter o fogo aceso e rebater os governistas.
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