Segundo matéria publicada neste domingo pela Folha de S.Paulo, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não estava alheio às investidas do filho mais velho, Fernando, sobre órgãos públicos do setor elétrico. Reportagem feita pelos jornalistas Andrea Michael, Andreza Matais e Hudson Corrêa, fala sobre gravações que icriminariam o senador.
De acordo com gravações da Polícia Federal, Sarney orientou Fernando a arrumar emprego para aliados no comando da Eletrobrás, estatal ligada ao Ministério de Minas e Energia. As escutas reveladas pela Folha são as primeiras a envolver Sarney diretamente.
Em diálogo --interceptado com autorização da Justiça-- Fernando avisa que feitas as nomeações indicadas pelo pai, iria "atacar" os apadrinhados, com o objetivo de liberar verbas de patrocínio a entidades privadas ligadas à família.
Os grampos fazem parte da Operação Faktor, antes chamada de Boi Barrica, que levou ao indiciamento de Fernando por quatro crimes. A apuração de tráfico de influência ainda não foi concluída pela PF. O fato de pedir vantagem, mesmo não consumada, já configura crime.
Ainda segundo a matéira, Sarney e Fernando não comentaram as nomeações nem o suposto tráfico de influência.
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