Ninguém nega que as greves são um
direito constitucional de todas as categorias trabalhistas. Mas, infelizmente,
o que temos visto acontecer no Brasil nos últimos anos é que as organizações
sindicais têm exacerbado desse direito e provocado profundos transtornos para
os demais segmentos da sociedade.
O que tem acontecido ultimamente,
sobretudo, em anos eleitorais, é o uso das greves não somente para os seus fins
trabalhistas, mas, também para promoverem disputas políticas, pouco se
importando com os problemas causados ao conjunto da população. E a prova disso
foi o caos na Capital e em diversas cidades da região metropolitana da Grande
São Paulo, nesta semana, com as greves no transporte coletivo.
Na quarta-feira, mais de 4
milhões de usuários foram prejudicados com a greve no Metrô, fato que reflete
para toda a sociedade, com a suspensão
do rodízio de veículos e com as faltas no trabalho, além de outras consequências.
Na quinta-feira, foi a vez da região Oeste, incluindo Osasco e mais 12 cidades,
onde mais de um milhão de pessoas foram surpreendidas com a greve de motoristas
e cobradores de ônibus.
E, se não bastasse o fato de que
na maioria das vezes, essas greves são consideradas ilegais, fica evidente
também o seu uso político e partidário. No final da greve de menos de um dia do
Metrô, o presidente do sindicato festejou: “Foi uma greve histórica, agora,
vamos voltar ao trabalho, para que os nossos irmãos corintianos tenham
transporte para irem ao Pacaembu”. Infelizmente, milhões de cidadãos foram
privados do seu direito de ir e vir.
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