Será que a vontade da maioria do eleitorado osasquense vai ser respeitada?
Democracia, numa explicação simples e clara, significa um processo de eleição direta onde a vontade da maioria deve ser respeitada. Mas, será que essa democracia vai valer também para o povo de Osasco nestas eleições municipais?. Sim, porque no último domingo, dia 7, cerca de 450 mil eleitores, de um total de 543 mil, conforme dados do TSE (www.tse.org.br), sairam de suas casas para exercer o seu direito de cidadão. E esses 450 mil votaram em seus candidatos preferidos para prefeito e para vereador. Houve também aqueles que votaram em branco e os que anularam o voto.
E os resultados oficiais, são os seguintes:
Celso Giglio (PSDB) - 149.579 votos (ainda não considerados válidos)
Jorge Lapas (PT) - 138.435 votos
Osvaldo Verginio (PSD) - 38.705 votos
Delbio Teruel (PTB) - 36.830 votos
A. Castilho (PSOL) - 8.378 votos
Reinalto Mota (PMN) - 8.318 votos
Abstenções: 93.534 (eleitores que preferiam não votar, ou não puderam comparecer)
Com esses resultados, a eleição para prefeito em Osasco encontra-se numa encruzilhada e sem solução. Isto porque, devido a um processo de impugnação ainda sem definição da candidatura tucana, o petista Lapas foi, temporariamente, considerado eleito, mas, com base apenas na metade dos votos considerados válidos, porque os votos dados a Celso Giglio ainda não foram considerados válidos pela TSE.
Como todos sabem, estas eleições em Osasco foram marcadas por acontecimentos inéditos e que ninguém esperava. Primeiro, foi a condenação do deputado federal João Paulo Cunha (PT) pelo STF, na Ação Penal 470, conhecida também como o mensalão. Assim, João Paulo renunciou e foi substituído, 30 dias antes das eleições, pelo ex-secretário de Governo do prefeito Emidio, Jorge Lapas.
Paralelamente, houve também um pedido de impugnação da candidatura do tucano Celso Giglio, feito pela coligação petista, com base na rejeição das contas de Giglio, relativas ao periodo de 2004, que também foram rejeitadas pela Câmara Municipal de Osasco. Na primeira instância, Giglio foi absolvido, uma que vez o Ministério Público mandou arquivar o processo alegando falta de dolo (crime). Mas, o TRE, analisando recurso da coligação petista, impugnou a candidatura tucana.
Com o placar empatado, Giglio, ingressou com recurso junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que dará a palavra final nessa briga de tapetão. Há informações que o TSE, para não prejudicar a campanha do segundo turno, deverá dar a palavra final nesta terça-feira, dia 9. Caso seja confirmada a impugnação de Giglio, Lapas será oficializado como prefeito eleito.
E aí, surge a pergunta: como fica a vontade dos quase 150 mil eleitores que escolheram Celso Giglio? Além dos mais de 90 mil eleitores que preferiram votar nos outros quatro candidatos, outros 149.579, 11 mil a mais que os 138.435 que votaram em Jorge Lapas, disseram nas urnas que não querem o PT na prefeitura.
Assim, se a decisão do TSE for contrária ao tucano, esses 150 mil votos serão anulados. Mas, há uma diferença gritante entre aqueles que deliberadamente anulam seus votos, daqueles eleitores que votaram e que poderão ter seus votos anulados pela própria Justiça Eleitoral. E como fica a democracia - respeito à vontade da maioria - nesse caso?
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5 Comentários:
Sr. Renato, pelo que entendi do seu post, a Lei da Ficha Limpa, deve ser rasgada? O Sr. é favorável a eleição de políticos fichas sujas?
Pena que vc é um anônimo. Com certeza, deve ter algum motivo muito forte para não se identificar.
Com todo, abro uma exceção para responder a um anônimo.
Não anônimo, eu não quero que rasque a Lei da Ficha Limpa. Ao contrário. Assinei aquela petição e sei muito bem a dificuldade e dos políticos e partidos que retardaram e que lutaram para não aprová-la.
Aqui, seu anônimo, pelos trâmites desse processo, o Ministério Público mandou arquivar o processo alegando que não houve dolo (crime). Mas, se isto ficar comprovado, que o culpado seja punido.
A minha indagação, se vc não entendeu, é quanto ao fato do processo ser definido somente depois que 150 mil eleitores votaram num candidato e, agora, poderão ver os seus votos anulados pela "Justiça".
Isto democracia ou enganação. E saiba que não digo isso, só porque o candidato é o Giglio. Caso fosse o contrário, eu também diria a mesma coisa. Sabe por quê? Porque não tenho rabo preso com político ou partido.
Repito: se você, anônimo, não entendeu, a minha única preocupação, é com relação ao respeito à maioria dos eleitores de Osasco.
Digo..."contudo" abro uma exceção...
Renato mas você votar em alguém que está sob judice não é arriscar demais?? Pois os eleitores aqui da cidade sabiam muito bem o que estava rolando, tinham outros 4 candidatos para escolher... acredito que se o TSE julgar ele culpado o povo não estará sendo prejudicado...
Olá, meu nome é André!
Sou Osasquense e estou super indignado com a decisão do TSE sobre o caso Giglio, a lei da ficha limpa é muito fraca, pois se fosse para proibir o Giglio que deveria esse ter o proibido o voto nele e não ser julgado após a eleição e assim jogando no lixo 150 mil votos de Osasquenses... Acredito que como eu, muito mas muito mesmo não querem um PT novamente na prefeitura e se caso o Giglio não pudesse ter votos teriamos votado em outro candidato, como por exemplo no Teruel ou Osvaldo ou até mesmo o Castilho... na minha opnião se caso não possa ter 2° turno entre Giglio e Lapas então que tenha um 2° turno entre todos os outros candidatos novamente e quem vencer venceu, sem direito a 3° turno e ai veriamos se a vontade de osasco é ter o Lapas ou não como prefeito.
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