Henrique Alves muda o discurso e diz que Câmara cumprirá determinação do STF

Nesta quarta-feira, dia 6, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), mudou  o discurso que vinha fazendo até então sobre a cassação dos deputados condenados e disse que a Câmara irá cumprir a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). A mudança de tom surgiu após uma conversa que Alves teve, hoje com o ministro Joaquim Barbosa ao visitar o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo Alves, não há a menor chance de a Câmara descumprir o que for decidido pela Justiça.

	Alan Marques/Folhapress
	Presidente da Câmara, Henrique Alves, durante visita ao presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, em Brasília

As afirmações dadas hoje por Henrique Alves são bem diferentes do que afirmava durante a sua campanha para a presidência da Casa, quando dizia que a decisão seria da Câmara e não do Judiciário, concordando com o seu antecessor, o petista Marco Maia. Hoje, porém, o discurso foi outro. "Não há hipótese de não cumprir a decisão do Supremo. Nós só vamos fazer aquilo que o nosso regimento determina que façamos: finalizar o processo. Mas, não há nenhuma possibilidade de confrontarmos com o mérito, questionar a decisão do Supremo", afirmou.


São quatro deputados que poderão perder o mandato após a decisão final processo do mensalão no STF: João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP), Pedro Henry (PP-MT) e José Genoino (PT-SP).


Impasse
A decisão do STF de determinar a perda do mandato dos deputados condenados no mensalão provocou discussão pública entre os ministros do STF e parlamentares. Após o fim do julgamento, em dezembro, o então presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou que a Câmara não seria obrigada a cumprir a decisão e não descartou a possibilidade de oferecer abrigo no prédio da Casa aos parlamentares condenados.


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