quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Juntos - Lula e Maluf estão na mira da Justiça

Em 2012, o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) e Paulo Maluf (PP) surpreenderam o mundo político ao se aliarem na campanha municipal. Como a foto mostra, Lula, que sempre criticou Maluf chamando-o de ladrão e corrupto, foi até a mansão malufista, onde selou a aliança partidária, ao lado do candidato petista à prefeitura de São Paulo Fernando Haddad, que foi eleito ao vencer o tucano José Serra no segundo turno.


Unidos no palanque eleitoral, fato que até há alguns anos parecia algo impossível, e também no governo da Dilma, onde Lula atua como um guia para a presidente e onde o PP de Maluf participa ativamente,  agora, Lula e Maluf estão também unidos, mas, em outra área: ambos estão na mira da Justiça.


Maluf

Acusado de evasão de devisas para o exterior, o deputado Federal Paulo Maluf é hoje um procurado pela polícia internacional - Interpol. Depois de condenado pela Justiça deJersey, nos Estados Unidos, agora, Maluf encontra-se enrolado com a Justiça da Suiça.  Uma nova ação de Maluf deve ser apresentada em breve sobre suas contas naquele país europeu Segundo o procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, já existem indícios suficientes contra o político brasileiro e seus familiares.


Em 2000, bancos suíços alertaram a Justiça brasileira sobre movimentações financeiras envolvendo o nome de Maluf e sobre a transferência de parte do dinheiro para as ilhas Jersey.


No dia 17 de janeiro, a Corte de Jersey anunciou que empresas offshores ligadas ao ex-prefeito Paulo Maluf terão de devolver ao município de São Paulo US$ 28,3 milhões, além de arcar com nove anos de custos com advogados no processo que ainda tramita no paraíso fiscal.


A ação na Suíça também poderá resultar numa ordem de devolução do dinheiro aos cofres brasileiros. Documentos mostram que, seis meses depois de perder a eleição presidencial indireta para Tancredo Neves, em 1985, uma primeira conta foi aberta tendo Maluf como beneficiário. Hoje, são doze contas, com US$ 13 milhões bloqueados.


Lula

Já o caso do petista Lula é ainda uma incógnita e envolve a sua participação no caso mensalão, que estourou em 2005 e foi julgado em 2012. Diante de novas acusações do ex-publicitário e operador do mensação, Marcos Valério, dando conta da participação de Lula no caso, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou o caso para ser investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais, onde já havia outras ações semelhantes. Segundo Valério, ele se encontrou com o ex-Minsitro José Dirceu no Palácio do Planalto e que Lula sabia de tudo. Numa de suas defesas no processo, Dirceu disse que nunca fez nada sem o consentimento do ex-presidente.


E, agora, o caso será investigado pelo procurador Leonardo Augusto Santos Melo, que pegou o processo no dia 14 de fevereiro. Caberá a ele, escolhido por sorteio, a tarefa de examinar as seis peças de acusação reunidas pelo procurador-gerla, contra o ex-presidente Lula. Sem prazo definido para encerrar seu trabalho, Santos Melo poderá pedir o indiciamento de Lula ou mandar arquivar o processo. Mas, mesmo pedindo o arquivamento, outro procurador poderá pedir a sua reabertura.


Santos Melo não estará sozinho nesse caso. Ele será acompanhado pelo Núcleo do Patrimônio Público e Social do Ministério Público Federal de Minas, composto por quatro procuradores. Um deles é Adailton Ramos do Nascimento, procurador-geral do Estado, que tem poderes para discutir os rumos da investigação e mesmo indicar procuradores para auxiliar no trabalho.


Outro procurador experimentado poderá fazer parte dessas investiações. Trata-se de José Adércio Leite Sampaio. Discípulo de Antônio Fernando Souza, autor da denúncia inicial do mensalão, em 2007, Sampaio tornou-se um homem de confiança de Roberto Gurgel. Com tanto poder de influência, Sampaio é o nome mais temido pelos advogados e juristas próximos de Lula e do PT.


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