Reeleito no Equador, Rafael Correa é mais um que quer censurar a imprensa na América Latina
Rafael Correa foi reeleito neste domingo, 17, para um terceiro mandato de quatro anos no Equador. E, mais forte ainda que nas eleições anteriores, Correa já adiantou qual será a sua prioridade: uma nova lei para regular a imprensa equatoriana. "A América Latina tem uma das piores imprensas do mundo", afirmou Rafael Correa.
Infelizmente, para a democracia e para o povo latinoamericano, Rafael Correa não está sozinho nessa nefasta empreitada contra a imprensa livre. Além de Cuba, que durante mais de 50 anos foi subjugada pela ditadura de Fidel Castro e que, só agora, inicia uma tímida abertura, mas ainda sem liberdade total, temos na América do Sul, outros exemplos de políticos, que se dizem de esquerda e democráticos, mas, que ao chegarem ao poder iniciam uma luta para controlar o que sai na imprensa. São governantes que demonstram uma inexplicável intolerância contra criticas ao seu governo.
O maior exemplo dessa intolerância vem da Venezuela, de Hugo Chávez, cuja censura à imprensa chega a ser igual ou até pior do que a verificada em ditaduras militares. Mas, os governos de Evo Morales, na Bolívia, e de Christina Kirchner, na Argentina, também não ficam atrás. Na Argentina, inclusive, o governo de Kirchner tem procurado tomar medidas judiciais contra o grupo Clarin, um dos maiores grupo de comunicação da América do Sul. Cristina quer fechar o Clarin por causa das críticas que o jornal e outras empresas do grupo fazem contra o seu governo.
No Brasil
Enquanto isso, aqui no Brasil, os petistas, que neste ano comemoras 10 anos do PT no poder, não cansam de criticar a imprensa livre pelas críticas ao governo de Lula - 8 anos - e de Dilma, desde 2010. Em público, os líderes petistas tentam ser mais políticos, afirmando que o que eles desejam é apenas "controlar" o que sai na mídia, o que em outras palavras significam censura mesmo.
No entanto, em reuniões mais restritas, as lideranças do partido não medem palavras para criticar a imprensa livre, principalmente. E tudo começou com oprimeiro caso de escândalo do governo Lula - caso Waldomiro Diniz - que estorou na imprensa. Depois essa intolerância petista contra as críticas, ficou ainda mais azeda, com o caso mensalão que resultou na condenação de vários políticos petistas, como o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente José Genoino.
E são, exatamente, de José Dirceu, condenado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, e ainda voz forte do PT, as mais contundentes críticas à imprensa. Mas, elas partem também de José Genoino, do presidente nacional do PT, Rui Falcão, do ministro Gilberto Carvalho, e de outras lideranças menores.
Em recente reunião na Bahia, onde lideranças petistas promoviam um ato de apoio aos petistas condenados no mensalão, José Dirceu foi enfático: "O problema do Brasil é o monopólio das grandes mídias, o excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa", disse.
Porém, nem sempre foi assim com o PT. Durante, mais de 20 anos, quando esteve na oposição, o partido não fazia essas críticas à imprensa. Ao contrário, sempre usou essa mesma imprensa para divulgar a ideologia do partido. Mas, agora, justamente, é o PT o partido que vem pregando e defendendo medidas e leis para censurar a imprensa brasileira.
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