Renúncia do Papa surpreende católicos e autoridades em todo mundo

O anúncio de sua renúncia, feito na manhã desta segunda-feira, dia 11,pelo próprio Papa Bento XVI, no Vaticano, causou surpresa não somente entre os católicos do mundo inteiro, mas, também entre lideranças políticas e governantes. Alegando problemas de saúde, o Papa, de 85 anos, disse deixa o papado no dia 28 de fevereiro. A partir desta data, a Igreja Católica Apostólica Romana convoca o conclave de Cardeais para eleger o novo Papa. Muitos bispos e mesmo autoridades políticas alegam surpresa, uma vez que não há registro sobre doenças do Papa e por se tratar de um cargo vitalício. No entanto, conforme o estatudo da ICAR, os papas têm o direito de reunciar.

Efe

 

Bento XVI informou que renuncia por sentir que não tem mais forças para exercer o "seu ministério e a chefia" da ICAR. "Por esta razão, e bem consciente da gravidade deste ato, eu declaro que renuncio", explicou Bento XVI, de acordo com uma declaração do Vaticano. Esta é a primeira vez que um papa renuncia em quase 600 anos.


De origem alemã, Joseph Ratzinger, de 85 anos, assumiu o comando da Igreja Católica em 19 de abril de 2005, após a morte de João Paulo 2º. Aos 78 anos, Ratzinger foi um dos cardeais mais idosos a ser eleito Papa. Segundo autoridades católicas, o novo Papa deverá ser eleito até a comemoração da Páscoa em abril.


Cardeais brasileiros
De acordo com informações da direção da ICAR no Brasil, não há uma lista pré-estabelecida e, teoricamente, o novo Papa poderá ser de qualquer país, inclusive, do Brasil. Todos os cardeais votam e podem ser votados, desde que tenham menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.

Os cardeais brasileiros que poderão votar são dom Cláudio Hummes, de 78 anos, ex-arcebispo de São Paulo e atual prefeito emérito da Congregação para o Clero, dom Geraldo Majella Agnelo, de 79, arcebispo emérito de Salvador, dom Odilo Scherer, de 63, arcebispo de São Paulo, dom Raymundo Damasceno Assis, de 76, arcebispo de Aparecida, e dom João Braz de Aviz, de 64, ex-arcebispo de Brasília.


No campo religioso e doutrináio, acredito que o Papa Bento XVI deixa para outras correntes religiosas a marca de um Papa de luta contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, motivo pelo qual vinha recebendo críticas de vários segmentos a favor dos homossexuais.


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