Na quarta-feira, 8, apesar do clima tenso, a votação da MP dos Portos, Medida Provisória que prevê melhorias nos portos brasileiros com recursos da iniciativa privada, transcorria de forma normal, até que o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), foi à tribuna com uma acusação gravíssima e acabou provocando a suspensão da votação para desespero do governo. “Essa
não é a MP dos Portos, essa é a MP dos Porcos. Essa MP está cheirando mal. Não
está cheirando mal não. Está podre. Isso aqui não pode ser transformado no show
do milhão", esbravejou Garorinho.
Outro mensalão?
As
críticas de Garotinho foram direcionadas principalmente à proposta do deputado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de juntar vários destaques do PMDB, do PSB, do DEM e do PDT em uma
só emenda, para tentar aprovar as mudanças em um só pacote. Segundo Garotinho, há indícios fortes da interferência de empresários interessados em mudar o que havia acertado para aprovação da MP, inclusive, insinuando que houve recebimento de propinas.
Protestos
“Não
vamos morder a isca dos que disseminam fofocas e também não vamos receber
educação moral e cívica de quem não tem capacidade de fazê-lo”, disse o líder
do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS).
E
agora?
Eduardo Cunha disse que vai pedir que
Garotinho dê explicações no Conselho de Ética. Só que o próprio Garotinho se
adiantou e disse que assina o requerimento contra si próprio, pois, assim,
no Conselho de Ética ele dará nomes aos bois. E, agora, será que a Câmara vai mesmo pressionar o deputado e fazer com que ele conte tudo.
Ao suspender a sessão, o presidente da Casa, Henrique Alves (PMDB-RN), que não tinha outra alternativa diante do clima, alegando que "era o pior dia da Câmara dos Deputados", que ele já havia presenciado em seus 40 anos de mandato.
Uma coisa é certa: ou a Câmara convoque mesmo o Garotinho para que ele esclareça as graves denúncias, ou mais uma vez o Congresso e o próprio Governo vão ficar com a imagem arranhada perante a opinião pública, pois, esse negócio de propina na Câmara dos Deputados não é novidade pra mais nenhum brasileiro.
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