Dilma Rousseff cede às pressões do PMDB

Preocupada com as dificuldades que o seu governo vem enfrentando no Congresso Nacional e em mais uma  tentativa de barrar a crise com o seu maior aliado, o PMDB, a presidente Dilma Rousseff (PT), se reuniu na segunda-feira, 3, com o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), quando, praticamente, cedeu a todas as exigências da cúpula peemedebista. Na ocasião, Dilma disse que vai liberar R$ 6 bilhões de emendas parlamentares e enviar menos medidas provisórias ao Legislativo.

Foi uma reunião de mais de duas horas e sem a presença das principais lideranças do governo responsáveis pelo contato com o Congresso, como as ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Intitucionais). No entanto, Dilma fez questão de afirmar que o Governo vai cumprir com todos os acordos feitos pela sua equipe com a base aliada, como a liberação de R$ 6 bilhões dos R$ 8,9 bilhões de emendas parlamentares individuais feitas ao Orçamento deste ano, divididos em três parcelas de R$ 2 bilhões nos meses de junho, agosto e novembro.


Depois das dificuldades que teve para aprovar a MP dos Portos e também depois que Renan Calheiros disse que não colocaria em votação a MP que reduz as tarifas de energia elétrica, Dilma prometeu também que vai procurar diminuir o número de Medidas Provisórias e enviar ao Congresso matérias na forma de projeto de lei para que o Congresso tenha tempo de analisar e votar as propostas do Executivo. Essa reunião foi também mais uma prova de que o governo petista encontra-se, praticamente, nas mãos dos PMDB. Ou seja, a reeleição da presidente Dilma está, agora, muito mais dependente do PMDB que do próprio PT e de suas lideranças. E, além dos problemas no Congresso, em sete estados lideranças do PMDB estão descontentes com o tratamento recebido pelo governo Dilma.


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