O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inaugurou no último sábado, 1, um centro médico na cidade palestina de Dura, no sul da Cisjordânia, construído com recursos doados pelo governo brasileiro.
"Foi uma cerimônia bastante emocionante", disse Padilha ao portal Terra - , ao final de uma visita de
três dias a Israel e Palestina. "Os palestinos em Dura ficaram muito agradecidos pela nossa contribuição, que faz parte da colaboração do Brasil para ajudar na construção do Estado Palestino", afirmou.
De acordo com Padilha, dos US$ 10 milhões doados pelo Brasil para a Autoridade Palestina, US$ 4 milhões são provenientes do ministério da Saúde e estão sendo investidos em centros de reabilitação e de tratamento materno-infantil. "Consideramos a contribuição à saúde como parte dos esforços pela paz nesta região", acrescentou o ministro.
Palestinos agradecem ao povo brasileiro
Nazih Abed, que dirige o novo centro médico de Dura, fez questão de agradecer "ao governo e a todo o povo brasileiro".
"Com a doação do Brasil conseguimos construir um centro médico que prestará serviços à população do sul do distrito de Hebron e isso facilitará a vida de cerca de 200 mil pessoas, que antes tinham que viajar 35 km até a cidade de Hebron e esperar por muito tempo em filas para obter atendimento. "Agora poderemos oferecer atendimento e vacinação para uma grande população em condições muito melhores. Temos 22 médicos e 40 enfermeiros no novo centro", acrescentou.
Opinião deste jornalista:
Não tenho nada contra o povo palestino e, muito menos, contra a ajuda de um país a outro, principalmente, quando o país que ajuda não tem nenhum problema na saúde pública que oferece aos seus cidadãos.
Sendo assim, seria esse o momento de um país como o Brasil, onde a saúde pública é um caos total, com hospitais sucateados, falta de recursos, ambulâncias, aparelhos e, pasmem, onde falta até esparadrapos para um curativo, fazer uma doação de U$ 4 milhões do seu Ministério da Saúde para a construção de um centro médico no Oriente Médio?
Com certeza, se aqui tivéssemos uma saúde pública digna do primeiro mundo, com todos os 200 milhões de brasileiros tendo hospitais dignos, prontos-socorros, centros de saúde e remédio no momento que precisassem, esse comentário não teria razão de ser. Mas, no caos em que se encontra a saúde publica do Brasil, esse fato é a maior prova de uma política equivocada e da prática de se fazer cortesia com o chapéu alheio.
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