sexta-feira, maio 02, 2014

Festas da Força e da CUT refletem as pesquisas eleitorais

Segundo os organizadores, 700 mil pessoas participaram da festa da Força Sindical

Como já acontece tradicionalmente em São Paulo, as principais Centrais Sindicais, como a Força Sindical e a CUT (Central Única dos Trabalhadores), promoveram na quinta-feira, 1º de Maio,  suas festas em homenagem ao Dia do Trabalho. São festas que reúnem milhares de pessoas em São Paulo e também em outras cidades brasileiras. Os números de pessoas presentes sempre são diferentes entre aqueles divulgados pelos organizadores e os números estimados pela Polícia Militar, que tem experiência para avaliar o público em grandes eventos.


Nas festas desta semana, por exemplo, a Força Sindical, que reúne seus adeptos na Praça Campo de Bagatelle, zona Norte da Capital, informou um público de 700 mil pessoas, enquanto que, segundo a PM, o público foi de cerca de 250 mil pessoas. Já na festa da CUT, no Anhangabaú, Centro, os organizadores informaram que 80 mil pessoas estiveram presentes, mas, conforme a PM informou, o público não passou de 3 mil pessoas.


E neste ano, as diferenças das das festas dos sindicatos não ficam apenas no campo da disputa sobre quem leva mais gente.  Elas refletiram também as últimas pesquisas eleitorais, que vêm registrando quedas na avaliação do Governo e nas intenções de voto, com a presidente Dilma caindo,  e seus principais  adversários - Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE) - subindo nas pesquisas. Por exemplo, conforme a última pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada no início da semana, e publicada aqui no Quintal da Notícia, Dilma caiu de 43,7%, para 37%, enquanto Aécio subiu de 17% para 21,6%.


Força Sindical

No evento da Força, Aécio Neves e Eduardo Campos aproveitaram para criticar o governo

Conforme os jornais publicaram nesta sexta-feira, 2, além dos milhares de trabalhadores, a Força levou também para a Praça Campo de Bagatelle, diversas lideranças políticas, como os pré-candidatos à Presidência da República, Aécio Neves e Eduardo Campos, adversários do Governo e que não vêm medindo críticas ao governo Dilma.  Aplaudidos pela multidão, Aécio e Campos voltaram a criticar o suposto envolvimento do governo nas denúncias da Petrobras, como também o pronunciamento da presidente Dilma, que propôs reajuste do Bolsa Família e correção na tabela do Imposto de Renda, na quarta-feira, 30.


Segundo Eduardo Campos, seu plano de governo vai propor uma Petrobras "livre de ingerência política". Já o tucano Aécio disse que Dilma fez "propostas eleitoreiras um dia antes, mas, no dia 1º de maio ela se escondeu dos trabalhadores". Aécio disse também que vai propor Lei no sentido de que o Imposto de Renda tenha a sua tabela corrigida automaticamente pelo índice de inflação e assim "deixar de ser usado como moeda de troca em época de eleição", Afirmou Aécio Neves.  O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) também esteve presente e criticou as falas dos adversários da Dilma.


CUT

Na festa da Cut, com 80 mil pessoas, segundo a Central, as lideranças foram vaiadas

Já no evento da CUT, no Vale do Anhangabaú, dentre as lideranças políticas, estiveram presentes os petistas Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, o ministro Ricardo Berzoini (Relações Institucionais), o senador Eduardo Suplicy e o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pré-candidato ao governo do Estado, dentre outros líderes do PT. Mas, ao começarem os discursos, ficou explícita a diferença do clima entre a festa da CUT e o evento da Força Sindical.


Nenhuma das lideranças conseguiu discursar, devido às vaias e até objetos jogados por algumas pessoas da plateia. O primeiro que tentou falar e não conseguiu, foi o prefeito Fernando Haddad. Logo que ele iniciou o discurso, começaram as vaias e, em seguida, algumas latas e outros objetos foram jogados contra o prefeito. Irritado, claro, Fernando Haddad interrompeu o discurso e saiu do local sem falar com a imprensa.


Mesmo assim, segundo os jornais, as demais lideranças tentaram falar, depois que o locutor pediu que o público parasse de se manifestar. Mas, não adiantou. Para evitar as vaias, Eduardo Suplicy e Alexandre Padilha resolveram apenas cumprimentar e se despedir do público em poucas palavras.


Por outro lado, a CUT suspeita que houve armação por parte dos adversários para atrapalhar a festa no Anhangabaú. Em seu site, a CUT informou que as vaias existiram sim, mas, que as mesmas "não partiram do público, mas de um grupo infiltrado em meio à manifestação e que não tinha relação com o movimento sindical". Além das lideranças políticas, as duas festas contaram também com shows musicais.


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